Defensoria questiona Delegacia de Homicídios sobre mortes de moradores de rua
O crescente número de homicídios contra a população em situação de rua registrados na capital alagoana também tem chamado a atenção da Defensoria Pública do Estado. E para buscar mais informações a respeito dos motivos que têm gerado o aumento da violência contra este grupo, o Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos da instituição oficiou a Delegacia de Homicídios de Maceió, nesta segunda-feira, 14, solicitando informações sobre os casos e o andamento da apuração policial destes homicídios.
No ofício, assinado pelo coordenador do Núcleo, o defensor Djalma Mascarenhas Alves Neto, o órgão informa que um processo administrativo foi instaurado pela instituição a fim de apurar os fatos que motivaram os homicídios, “em face da afronta ao artigo 5º, pela garantia da inviolabilidade do direito à vida”, destacando a possibilidade da existência de suposto grupo de extermínio, em razão da situação de rua em que as vítimas viviam.
Em um mês, seis moradores de rua foram vítimas de homicídio em Maceió. A “onda de crimes” – como classificado pela própria Defensoria – começou no dia 11 de julho, com a morte de Antônio Fernandes Silva, no Jaraguá. Duas semanas depois, o morador de rua identificado como Felipe foi morto no Centro.
Já Adevan Oliveira foi morto a facadas, menos de uma semana depois, nas proximidades do Quartel Geral da Polícia Militar, no Centro, enquanto um cadeirante que também vivia em situação de rua foi assassinado a tiros, na Levada, no 1º dia do mês de agosto.
Outros dois homicídios foram registrados no início da semana passada e nesse domingo (13) – em ambos os casos, as vítimas foram mortas por apedrejamento, no bairro Jaraguá e nas proximidades do Mercado da Produção, no bairro da Levada, respectivamente.