Marx e Quintella podem deixar ministérios temporariamente para apoiar Temer no Congresso
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), já faz as contas para não ser afastado do cargo em função das denúncias contra ele que se encontram na Câmara de Deputados. Os parlamentares devem votar – já no início do mês de agosto – se aceitarão ou não a denúncia contra o chefe do Executivo.
Como as contas são feitas na “ponta do lápis”, no dia de ontem, 27, Temer reuniu ministros e deputados da base aliada para mais um jantar. Assim, Michel Temer pode acabar “liberando” ministros, que foram deputados federais eleitos, para retornarem ao Congresso Nacional e votarem pela rejeição da denúncia. Depois, eles retornam às suas pastas.
Somente aí, Temer conta com 13 votos. Nesta conta, estão os ministros alagoanos Marx Beltrão (PMDB) e Maurício Quintella Lessa (PR). O primeiro é ministro do Turismo e o segundo responde pela pasta dos Transportes. A estratégia foi confirmada – em entrevista a Agência Brasil – pelo deputado federal Darcísio Perondi (PMDB/RS).
O líder do governo no Congresso, André Moura (PSC/SE) também destacou o assunto, mas não quis confirmar a estratégia. Segundo ele, foi uma sugestão dos parlamentares ao presidente Michel Temer. Além disso, os ministros em plenário coloca o governo presente na votação, o que poderia fazer a diferença.
O governo – em todo caso – se mostra confiante em relação a votação e acredita no arquivamento da denúncia. O Executivo lembra ainda que a obrigação de manter o quorum é da oposição e não da base governista. Atualmente, os deputados federais que apoiam Temer contam com 280 votos favoráveis ao presidente.
Fonte: Cada minuto