Marx Beltrão apoia Temer no Palácio Planalto

O relógio já marcava 15h30 e o presidente Michel Temer (PMDB) ainda não havia aparecido — o pronunciamento havia sido marcado para as 15 horas.

A sala estava lotada de jornalistas e políticos desconhecidos — o mais famoso era o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL), ministro do Turismo, justamente um aliado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem atuado para sabotar o governo na votação da reforma trabalhista no Senado.

Alguns minutos depois, Temer entraria na sala à frente de um batalhão de parlamentares, boa parte do baixo clero da Câmara, os mesmos com os quais ele conta para barrar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva.

Para se converter em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), o processo precisa do aval de 342 dos 513 deputados — tarefa quase impossível levando em conta que o denunciado já presidiu três vezes a Câmara e comandou o PMDB por mais de 15 anos.

Temer até aproveitou a ocasião para fazer uma graça: “Olha se eu fosse presidente da Câmara dos Deputados, eu faria uma sessão porque temos quórum, né? Depois, procurando demonstrar tranquilidade e leveza, como se não fosse o primeiro presidente da história do país a ser denunciado no exercício do mandato, disse estar “agradavelmente surpreso” com o apoio “extremamente espontâneo” dos parlamentares.

Diferentemente da foto, ontem(28), o presidente Michel Temer antes de assumir posou com os membros do seu partido, entre os quais lá estavam Eduardo Cunha (Preso em Curitiba) e os Calheiros pai e filho todos de mãos dadas. E ainda levou o comunista Aldo Rebelo do PC do B alagoano de Viçosa.

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