Marechal Deodoro:Coordenador da Comissão das enchentes do MP afirma que denúncias não procedem
Promotores José Antônio Malta Marques e Silvio Azevedo estiveram no local de recebimento das doações, em dois abrigos e na cozinha central para verificar as denúncias.
Visitas foram acompanhadas pelo secretário de Governo de Marechal Deodoro, Luciano Vasconcelos, e pela secretária de Assistência Social, Iolanda Alcântara O coordenador da Comissão de Apoio Institucional às Vítimas das Enchentes, promotor José Antônio Malta Marques, acompanhado do titular da 2ª Promotoria de Marechal Deodoro, promotor Silvio Azevedo, realizou uma vistoria na central de recebimento de donativos, duas escolas que servem de abrigos e na cozinha central localizada no prédio da Escola Governador Luiz Cavalcante, na manhã desta sexta-feira (17), para verificar as denúncias mostradas pela TV Gazeta em gravada em Marechal Deodoro, nessa quinta-feira (16).
Após visitar todos os locais citados e conversar com as famílias abrigadas, servidores e responsáveis pela distribuição de alimentos e merendeiras responsáveis pela produção das refeições, o coordenador da força-tarefa do Ministério Público, José Antônio Malta Marques afirmou que o que existe é uma falha de comunicação entre algumas equipes na distribuição dos donativos e refeições, e que algumas denúncias relatadas não procedem. “Constatamos algumas falhas de comunicação entre os órgãos municipais envolvidos neste processo, mas a priori, nós não vimos nenhum crime, até porque confesso que algumas denúncias efetivamente não procedem. Nós vamos continuar acompanhando enquanto Comissão” disse o coordenador.
O promotor Silvio Azevedo ratificou as palavras do coordenador e ressaltou ainda que o órgão vai investigar as responsabilidades sobre a larva encontrada em uma quentinha. “Vamos nos reunir para discutir, mas a princípio eu entendo que falta somente uma questão de logística da chegada das alimentações aos abrigos, no mais tudo na normalidade. Vamos averiguar a questão da quentinha que estava com larvas no cuscuz e fazer uma investigação mais profunda para identificar os responsáveis por essa conduta. A princípio, vimos que tem tudo nos abrigos, como água e alimentação”, disse o promotor. Durante a visita ao abrigo da Escola Silvério Jorge, a moradora Maria Cícera dos Santos Vieira negou que estivesse faltando alimentação e assistência por parte do município. “Nós estamos aqui desde o início das chuvas e nunca faltou alimentação. Às vezes demoram um pouco para chegar, mas é só tempo de solicitar e o carro trazer. Minha filha adoeceu e solicitamos atendimento médico e a equipe veio e fez o atendimento”, disse a moradora.
As visitas foram acompanhadas pelo secretário de Governo de Marechal Deodoro, Luciano Vasconcelos e pela secretária de Assistência Social, Iolanda Alcântara. O secretário agradeceu a presença do órgão fiscalizador e disse que o município trabalha em parceria com o Ministério Público.
O secretário garantiu que o município também vai investigar as denúncias e punir os responsáveis, caso seja constatado má fé. “O município de Marechal Deodoro está de portas abertas para receber e acolher todas as recomendações do Ministério Público e agradecemos a vinda dos promotores. Eles puderam ver nos locais que muitas denúncias são infundadas. Em relação à larva no alimento servido, vale ressaltar que foi em uma quentinha servida no Silvério Jorge e que a mesma alimentação foi enviada para todos os outros abrigos e não foi constatado o mesmo problema. Vamos investigar e todas as medidas cabíveis serão tomadas e os responsáveis serão punidos na forma da lei”, disse Vasconcelos.
O secretário explicou ainda aos promotores que o problema de logística se deu em função do feriado. As refeições são produzidas em cada escola, mas como os servidores estão trabalhando desde as enchentes, no feriado foi realizada uma troca e somente a cozinha central funcionou. “Desde o início das chuvas todo o processo de produção das refeições é realizado obedecendo todos os padrões de higiene e manipulação de alimentos. As cozinheiras são acompanhadas por nutricionistas e usam tocas e luvas. As cozinhas são limpas diariamente, tudo para garantir toda a qualidade necessária aos alimentos servidos. Se houve falha, vamos investigar e punir os responsáveis”, disse o secretário. Atualmente, o município está com cinquenta famílias abrigadas em escolas, cinco na Casa de Passagem e sete em barracas da Defesa Civil, no povoado Riacho Velho. Todas estas famílias vêm recebendo visitas das assistentes socais do município, cestas básicas e refeições.