Sorrateiramente prefeitos informam números falsos sobre atingidos pelas enchentes
Por Carlos Augusto Filho
Segundo ampla divulgação na mídia local e nacional, mais uma vez a malandragem transparece na conduta de alguns prefeitos de Alagoas.
Diante de uma situação de caos e penúria por que passam alguns de nossos municípios, esses gestores – se é que se pode chamá-los assim – forjaram informações sobre o verdadeiro número de desabrigados e desalojados das últimas enchentes para justificar os recursos federais destinados a atender a população afetada. Absurda essa atitude insensata e desonesta.
Isso é apenas mais uma forma de roubar, dentre tantas outras que já fazem uso, como desvio da merenda, de carteiras escolares, medicamentos, assistência social, combustível e tantos mais. O pior é que terminam por comprovar os dados, de comum acordo com o governo do Estado, em nível de secretariado e de deputados principalmente, e fica por isso mesmo. Ladrões declarados e enganadores do povo, isso sim. Se eu não soubesse o que se trama entre os Poderes Constituídos desse País, realmente não entenderia porque tal fato não se configura crime inafiançável. Todos eles comem uma fatia desse bolo miserável. Nada vai bem num regime político em que as palavras contradizem os fatos.
O que esses prefeitos fizeram ou tentaram fazer com tal manipulação sorrateira, foi no mínimo zombar da desgraça e da boa vontade de seus representados; caçoar da ingenuidade da população necessitada, inclusive subestimando a inteligência dos poucos que já cansam de saber que são porcos desonestos.
Todo aquele que derruba com desonestidade e trai a confiança de um homem de bem, mais cedo ou mais tarde será derrubado, pois o próprio se amaldiçoa com seu veneno, remorso e arrependimento. Tudo há de retornar para ele.
Na política, existem apenas duas coisas imutáveis: a ingenuidade dos eleitores e a desonestidade dos políticos.