Chuva em Maceió deixa 4 mortos, 33 feridos e 250 famílias desalojadas
Centenas de famílias na Grande Maceió estão desalojadas por causa da chuva forte que atinge a região neste sábado (27). Quatro pessoas morreram – entre elas, uma criança -, outras quatro estão desaparecidas e mais de 30 ficaram feridas por conta de deslizamentos de terra. Há 250 famílias desalojadas na cidade de Marechal Deodoro. Na capital, que decretou estado de calamidade, a Defesa Civil estima que sejam 150.
Faz uma semana que chove forte em todo o estado, mas estragos se intensificaram nesta madrugada. Além dos 4 mortos, deslizamentos de barreiras sobre casas deixaram mais de 30 pessoas feridas.
Os deslizamentos na capital aconteceram na parte alta de Maceió. Quem vive na região está apreensivo pelo risco.
“Quando a barreira caiu, foi um estrondo tão grande que parecia que ia acabar o mundo. Estou com muito medo, mas não tenho outro lugar para ir”, disse a dona de casa Cícera Clevia Barbosa Costa.
A prefeitura de Marechal também decretou situação de emergência. Em diversos municípios já foram registrados alagamentos, deslizamentos de barreiras, acidentes de trânsito, quedas de árvores e outros incidentes.
Dois povoadas em Atalaia ficaram isolados depois que o rio que corta a região transbordou e bloqueou a única estrada de acesso a eles.
E a chuva não deve dar trégua tão cedo. A meteorologia prevê pancadas de chuvas em diversas regiões do estado. A Defesa Civil está em alerta. Veja a previsão do tempo para este fim de semana.
A Defesa Civil informou que o volume de chuva nos últimos dias na capital é acima da média. Em todo o mês de maio, quando o esperado era de 382,2 milímetros, já foram registrados 567,6. Este número é 48,5% maior do que o esperado.
A Defesa Civil entrou em alerta ainda no domingo (21). Na segunda (22), uma árvore caiu no Centro, derrubando um poste e atingindo um carro. Uma pessoa ficou ferida.
Até o prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AL) foi atingido. O forro do teto desabou em diversas salas.
Deslizamentos de terra também atingiram residências e deixaram a Avenida Pierre Chalita interditada nas proximidades de Jacarecica. A situação ficou assim até o final da manhã da quinta-feira (25).
Interior
Municípios do interior também sofreram com o mau tempo. Em Marechal Deodoro, muitas famílias tiveram que ir para casas de parentes, mas outras não tinham para onde ir e receberam barracas para se abrigar.
Em Atalaia, moradores de povoados ficaram ilhados desde quinta (25), quando o nível do rio subiu e a água cobriu a única estrada que dá acesso a Ouricuri e Porangaba.
Em São Luís do Quitunde, A Defesa Civil interditou um trecho da ponte da AL-105 na sexta (26). O motivo da interdição foi a erosão da terra, que prejudicou a estrutura da ponte.
Ainda na sexta, em Igreja Nova, o açude se rompeu e deixou ruas cobertas de lama. A força da água derrubou um muro e espalhou pedaços do concreto.
Fonte: G1
A Av. Pierre Chalita é exemplo de obra que não deve ser feita; projeto, se é que existe, mal elaborado, execução, pior ainda.
A via foi implantada no fundo de um vale, local de escoamento natural das águas de chuva, por isso ela fica inundada.
Os cortes feitas nas barreiras não possuem sistema de proteção, faltam as valetas para captação e escoamento das águas, além de revestimento dos taludes, razão pela qual o barro é levado pelos águas e depositado sobre a via.
As interseções com as vias Presciliano Sarmento e Estrada da Serraria têm greide em rampa, quando deveria ser em nível, para facilitar a visibilidade. Uma das curvas horizontais de concordância tem raio de curvatura com valor inferior ao estabelecido em norma técnica, podendo causar acidentes.
Obra, que segundo a imprensa, custou R$ 10 milhões de reais, dinheiro do nosso imposto jogado fora.