Mitsubishi vai demitir 350 funcionários da fábrica de Catalão, diz sindicato
A Mitsubishi vai demitir 350 funcionários da fábrica de Catalão, no sudoeste de Goiás, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade (Simecat). Do total, de acordo com a entidade, 60 já foram desligados na quinta-feira (6) e os demais devem ser dispensados até junho.
Em nota, a assessoria de imprensa destacou que a Mitsubishi “não irá se pronunciar sobre o assunto neste momento”.
Ainda segundo o sindicato, nos últimos dois anos, a empresa já demitiu mais de 1 mil funcionários. Desta vez, a entidade diz que foi pega de surpresa. “Estamos com esse drama, com essa dificuldade, pois os trabalhadores estão perdendo o emprego. Agora foram 60 pais de família que ficaram desempregados, então, isso é um impacto muito grande para Catalão”, disse o presidente do Simecat, Carlos Albino, em entrevista à TV Anhanguera.
O sindicato informou que, até 2014, eram montados 250 carros por dia na fábrica. Por causa da crise econômica, esse número caiu e, em 2016, chegou a 150 por dia. Já em março deste ano, a entidade diz que apenas 80 veículos foram fabricados diariamente.
Albino afirma que entende as dificuldades enfrentadas pela empresa, contudo, diz que quer evitar novas demissões. “Realmente as coisas não andam boas para a Mitsubishi, mas ela podia fazer como outras montadoras, por exemplo, que também estão em crise, mas negociam, conversam, dimunuem a jornada de trabalho, mas garante a estabilidade dos funcionários”, destacou.
No fim da tarde de sexta-feira (7), houve uma reunião na sede da Justiça do Trabalho de Catalão entre representantes do Simecat e da empresa para discutir sobre as demissões. Na ocasião, segundo a TV Anhanguera, a Mitsubishi destacou que precisa dispensar os trabalhadores, já que as vendas de veículos caiu muito.
Ainda na reunião, foi acordado que nenhum funcionário será demitido mais neste mês. Porém, nos meses de maio e junho, devem ser dispensados mais 290 trabalhadores.
Demissão voluntária
Em abril do ano passado, a Mitsubishi abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Na ocasião, os funcionários que optaram pelo desligamento receberiam os direitos trabalhistas e ainda um bônus no valor de R$ 1 mil.
Na época, a assessoria de imprensa da Mitsubishi informou que a abertura do PDV foi motivada pela “não recuperação da economia e as baixas vendas no setor automotivo”.
G1