Emater e Fapeal avaliam resultados de projetos de assistência técnica rural
O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural de Alagoas (Emater/AL), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeal), promoveu, nesta quinta-feira (30), Seminário de Avaliação de ações desenvolvidas por técnicos bolsistas nas áreas de pesquisa, extensão e assistência técnica aos agricultores familiares de todo o estado.
O seminário ocorreu no Polo Agroalimentar da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em Arapiraca, e teve o intuito de avaliar os resultados de sete projetos de extensão rural executados ao longo de um ano através de cooperação entre a Emater e Fapeal, funcionando como uma oportunidade de prestação de contas do trabalho de 90 profissionais envolvidos na iniciativa. Os projetos apresentados consistem em Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para agricultores familiares na cadeia produtiva do leite; Ater para médios produtores rurais na região do semiárido de Alagoas; Ater com enfoque na Agroecologia e desenvolvimento rural sustentável; Ater para mulheres rurais; Desenvolvimento da Ozicultura; Programa Nacional de Habitação Rural para povos tradicionais e Sistema de Monitoramento de Assistência Técnica e Rural (Siga).
Segundo o diretor-presidente da Emater, Carlos Dias, a parceria entre os órgãos viabiliza um ambiente favorável no processo de fortalecimento da transferência de tecnologia e ampliação da extensão rural para a melhoria da qualidade de vida no campo. “A parceria permitiu que a Emater fosse mais longe e, hoje, com o seminário de avaliação, teremos oportunidade de construir um novo plano de trabalho focado nas novas demandas identificadas durante a vivência no campo, corrigindo o rumo e gerando um novo espaço convergente para prestar serviço à sociedade, principalmente no tocante à geração de emprego e renda, meta sempre priorizada pelo governador Renan Filho”, destacou.
Experiência
A engenheira agrônoma Rosângela Duarte é uma das técnicas atuantes no projeto de Ater para mulheres rurais e conta que a experiência profissional tem sido gratificante por poder contribuir para a consolidação de alternativas que minimizam as dificuldades no campo.
A equipe atende a 240 mulheres quilombolas, indígenas e agricultoras nos municípios de Água Branca, Piranhas e Olho D’água do Casado com o propósito de promover a capacitação das mulheres e sensibilizá-las acerca de sua importância para a agricultura familiar nas etapas de produção e cuidado aos animais. “É gratificante, como filha de agricultor, contribuir com esse trabalho que busca despertar a noção de importância de cada mulher no campo, porque são elas que, na maioria das vezes, ficam à frente da unidade produtiva e precisam de auxílio para conhecer e implantar atividades que resultem em renda e qualidade de vida para as famílias”, ressaltou a engenheira agrônoma.
Apoio
A iniciativa também conta com o apoio da Uneal, que disponibiliza toda a estrutura do Polo Agroalimentar para facilitar as ações de assistência técnica no Agreste alagoano. De acordo com o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Uneal, Cristiano Cezar, a parceria entre as instituições gera frutos à medida que ambas possuem a sociedade como prioridade, contribuindo de forma significativa para o aumento da produtividade do agricultor familiar. “Deixamos nosso polo à disposição da Emater, com laboratórios de análise de água e solo e de análise físico-química que podem ser utilizados na melhoria da produtividade das cadeias locais a partir de pesquisas que são desenvolvidas na universidade, mas que precisam chegar aos agricultores, e aí entra o papel fundamental de extensão rural a partir da Emater”, elogiou.