Protesto contra reforma e lava jato leva milhares às ruas do País hoje

1Estão previstas manifestações em ao menos 120 cidades — incluindo quatro do exterior — neste domingo (26). Convocados pelo Movimento Vem Pra Rua, os protestos reivindicam a manutenção e transparência da Lava Jato e o fim do foro privilegiado.

O ato também tem como foco dois pontos da reforma política, que tramita no Congresso: o voto em lista fechada e o aumento do fundo partidário. Os manifestantes são contrários a esses dois pontos especificamente.

Na capital paulista, o protesto está marcado para as 14h na avenida Paulista, em frente ao Masp. Mais de 30 mil pessoas, das 500 mil convidadas, confirmaram presença no ato até a última sexta-feira. No Rio de Janeiro, a manifestação vai ocorrer no posto 5, em Copacabana, a partir das 10h.

Também estão previstas manifestações em Boston e Nova York, nos Estados Unidos; Lisboa, em Portugal; e Zurique, na Suíça. Os protestos também pedem a renovação política em 2018.

Fundo partidário e lista fechada

O Fundo Partidário recebe dinheiro da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros. Em 2017, o fundo terá R$ 819 milhões — mesmo valor de 2016. Porém, tramita no Congresso Nacional uma proposta para ampliar esse valor substancialmente.

No final do ano passado, o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) apresentou um projeto para a criação do “Fundo de Financiamento da Democracia”, que destinaria R$ 3 bilhões de dinheiro público por ano aos partidos com o objetivo de financiar campanhas políticas. O dinheiro viria de 2% da receita líquida do Imposto de Renda de Pessoa Física.

Outra ideia da reforma política que tramita tanto na Câmara como no Senado é o voto em lista fechada — quando o eleitor vota somente no partido e este é que determina a ordem de cada um de seus candidatos na lista de classificação.

Resumidamente, antes da eleição, o partido apresenta a lista com o nome dos seus candidatos por ordem de prioridade. Esse sistema é utilizado na maior parte dos países que adotam o voto proporcional, mas não vigora no Brasil.

O relator da comissão especial da Reforma Política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), defende a lista fechada, mesmo que temporariamente, como forma de diminuir os custos de campanha e facilitar a fiscalização dos recursos do Fundo Partidário.

Outro defensor da lista fechada é o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que sugere um modelo de transição para as eleições de 2018, com lista pré-ordenada na qual os integrantes do partido com mandato teriam preferência.

R7

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