Árbitro rouba a cena no clássico entre Flamengo e Vasco no Mané Garrincha

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Reprodução

Luís Antônio Silva Santos se tornou o personagem principal de um Flamengo e Vasco conturbado. Não faltaram polêmicas no empate em 2 a 2 no Mané Garrincha, em Brasília. Primeiro, a expulsão de Luís Fabiano, com o atacante deixando o campo revoltado. Pouco depois, o gol anulado do Flamengo, de Réver. E, por fim, um pênalti marcado equivocadamente para o Vasco – o árbitro marcou toque de mão, mas a imagem mostra que a bola bateu no peito de Renê.

O camisa 10 Nenê cobrou e assegurou o empate. Os jogadores do Flamengo reclamaram muito. E o personagem de camisa azul acabou ofuscando um clássico muito disputado nos 90 minutos. Antes de Nenê, Pikachu, Arão e Berrío balançaram as redes.

Com a derrota, o Vasco está na quarta posição no Grupo C da Taça Rio, com cinco pontos, atrás de Volta Redonda (seis), Portuguesa (sete) e Fluminense (nove pontos). Na classificação geral, o clube está em quarto lugar, ou seja, dentro da zona de classificação para as semifinais do Campeonato Carioca. Mas a situação é delicada. Os rubro-negros, por sua vez, estão classificados para a fase final da competição e lideram o Grupo B da Taça Rio. Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Volta Redonda no Raulino de Oliveira, às 21h45 de quarta-feira. Na quinta, às 21h30, o Vasco receberá o Boavista em São Januário.

O estádio Mané Garrincha teve uma queda de energia durante o primeiro tempo do clássico. O incidente provocou uma cena inusitada, com os celulares ligados em meio à escuridão da arquibancada. Depois de alguns minutos, os holofotes começaram pouco a pouco a voltar a iluminar o gramado. E apagaram de novo.

Luís Fabiano perdeu a cabeça ao ser advertido com cartão amarelo por uma falta em Márcio Araújo no segundo tempo. Foi peitar o árbitro, que acabou se desequilibrando, e recebeu o cartão vermelho. Saiu de campo furioso e teve de ser contido pelo técnico Milton Mendes.O clássico começou movimentado, com o Vasco mais perigoso. Finalizações de Andrezinho e Pikachu, aos cinco e aos sete minutos, assustaram Muralha. O Flamengo acordou e a partida ficou truncada. Mas era nítido o domínio cruz-maltino. Após dividida entre Luís Fabiano e Réver, aos 15, Nenê ficou com a sobra pela esquerda e cruzou na medida para Pikachu completar: 1 a 0.

O Flamengo tentava buscar mais o ataque, mas a zaga do Vasco levava vantagem. A luz então apagou no Mané Garrincha, aos 27. A queda de energia durou nove minutos. E o time da Gávea voltou melhor, criou chances, a melhor delas nos acréscimos. Pará teve espaço na área até para finalizar, preferiu o passe para Damião que, livre, furou de forma bisonha de frente para Jordi.

O segundo tempo começou quente, com o Flamengo partindo para cima e o Vasco ainda perigoso nos contra-ataques. Mas tudo virou confusão aos oito, quando Luís Fabiano se irritou ao receber um amarelo por falta em Márcio Araújo. Foi peitar o árbitro Luís Antônio Silva Santos, que se desequilibrou e aplicou o vermelho. O atacante saiu furioso do gramado.

Logo em seguida, em cobrança de falta, Réver, de cabeça e em posição legal, mandou para a rede. Mas a arbitragem considerou que Damião, impedido, participou da jogada e anulou o gol. Aos 14, com um a mais, o Flamengo empatou. Mancuello cobrou escanteio e Arão, de cabeça, igualou o placar. A virada não tardou.

Aos 19, Berrío fez o segundo, em chute forte após limpar a marcação: 2 a 1. Aos 44, Douglas ainda carimbou o travessão. Já nos acréscimos, o árbitro viuu pênalti em uma bola que bateu na barriga de Renê. Nenê cobrou e empatou.

Dessa vez, a revolta foi dos rubro-negros: 2 a 2.O maior destaque do Flamengo no primeiro tempo foi o lateral Pará, que conseguiu boas jogadas no apoio, incluindo a que terminou na furada de Leandro Damião já no fim da etapa inicial. No segundo tempo, destaque para a precisão nas cobranças de Mancuello e para a velocidade de Berrío. Os jogadores rubro-negros reclamaram muito do pênalti marcado no fim da partida e deixaram o gramado irritados.

O camisa 10 Nenê continua a fazer a diferença no Vasco. Distribui bem o jogo e tem facilidade para encontrar companheiros em melhor posição, como foi no lance do gol em que cruzou na medida para Pikachu. No fim, cobrou pênalti com a habitual categoria. Douglas, com muita disposição no meio de campo, também merece destaque. Aos 44 do segundo tempo, ele ainda carimbou o travessão em belo chute da intermediária.

 

Fonte: Globo Esporte

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