“Jamais, apesar das tentativas, conseguirão provar nada contra mim”, diz Renan
O líder do PMDB do Senado da maior bancada, subiu à tribuna para dizer “nunca cometeu crime.” Ele fez um longo discurso de cerca de uma hora sobre acusações contra ele – pela primeira vez no Senado -.
Afirmou Renan que “jamais , apesar das tentativas “, conseguirão provar algo. Diante dos senadores, entre os quais alguns investigados na Lava Jato – como Humberto Costa do PT de Pernambuco; Helder Barbalho do PMDB do Pará; Eunicio Oliveira do PMDB do Ceará e presidente do Senado; e Aécio Neves do PSDB de Minas Gerais, Renan prosseguiu por cerca de uma hora com o pronunciamento deixando o plenário em absoluto silêncio.
Durante o seu discurso, o senador alagoano fez críticas diretas ao Ministério Público, à Policia Federal e ao vazamento de delações premiadas. Renan disse que “setores” do Ministério Público, “movidos pelo preconceito” dedicam-se a promover o “desgaste ” da imagem dele perante o público do Brasil. “Um dos grande volume de investigações, com base apenas em ‘ouvi dizer’, ‘provavelmente’, ‘eu interpretei’, “pode ser que sim’ , ‘levou a acreditar’ conversas de mercado diziam”, disse ele. Para Renan Calheiros alguns setores protagonizaram incidentes “absolutamente dispensáveis”, com pedidos de prisão e de busca e apreensão. Ele disse ainda que, desde 2013, passou a ser “vítima de constrangimentos e pré julgamentos preconceituosos”. “Vazamentos seléticos, de acordo com colaboração premiada e depoimentos sob sigilo, ocorrem de forma sistemática, impunemente, apesara de o próprio Procurador Geral da República considerá-los – na entrevistas repetidas – de gravidade ímpar”, criticou.
Ainda sobre o Ministério Pública, Renan disse ser ” o fim do mundo” que os procuradores rejeitados pelo Senado para o Conselho Nacional do Ministério Público conduzam investigações contra senadores “isso é temerário”. Para o ex presidente do Senado, “órgãos repressores” têm como estratégia “erguer um cenário de medo, a partir da prisão preventiva, para obter a colaboração supostamente n voluntária de investigados, depois de vazadas seletivamente para a mídia nacional.”
Histórico Nos últimos meses, outros senadores investigados pela Lava Jato também subiram à tribuna do Senado para criticar vazamentos seletivos e a atuação da imprensa na divulgação de denúncias. 0s peemedebistas Jader Barbalho e Romero Juca, por exemplo já fizeram discursos com tom semelhantes ao meu. Eles também se defendem o projeto protocolado por Renan, que endurece as punições que comentem abuso. Policia Federal Sobre a Policia Federal, Renan chamou de “desastrosa” a Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF na ultima sexta feira dia 17. Ele disse ainda que considera a Lava Jato, assim como outras operações, “intocável”, mas que ninguém está ” livre de criticas, nem a Lava Jato”.