Alegações finais da instrução do caso capitão Rodrigues serão por escrito
A audiência de instrução da morte do capitão Rodrigues, da Polícia Militar de Alagoas, foi finalizada nesta sexta-feira (17), após todas as testemunhas de acusação e defesa serem ouvidas e provas, apresentadas. Agora, as alegações finais serão apresentadas por escrito.
O policial morreu baleado no pescoço durante abordagem à casa de Agnaldo Lopes de Vasconcelos, em abril de 2016. Um dia após o crime, Vasconcelos foi preso e alegou legítima defesa. Ele foi autuado em flagrante por homicídio e porte ilegal de arma de uso restrito.
Nesta sexta, também estava marcado o interrogatório de Vasconcelos, mas de acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), ele não respondeu a nenhuma das perguntas formuladas na audiência.
De acordo com o promotor de Justiça, José Antônio Malta Marques, o Juiz Geraldo Cavalcante Amorim deferiu o pedido da acusação de apresentar as alegações finais de maneira escrita. Promotoria e defesa terão cinco dias úteis, contados a partir de segunda (20), para enviar as alegações ao Juiz.
“Hoje foi concluída toda a instrução processual do caso. Foram ouvidas todas as testemunhas, houve acareação e o interrogatório do réu. Com isso, só faltaram ser apresentadas as alegações finais. Agora só precisam ser enviadas ao Juiz as alegações finais para que ele possa decidir se o réu vai a júri popular ou não”, explicou o promotor.
No dia 10 desse mês, foram ouvidas testemunhas arroladas pela assistência de acusação e a defesa. Entre elas estava a namorada Karollyne Monteiro de Almeida. Nesta sexta, a audiência foi retomada para que o restante das testemunhas fossem ouvidas.
Ela afirmou que a polícia chegou no condomínio em que o crime aconteceu se identificando como segurança e que o namorado atirou contra o capitão Rodrigues porque não o identificou como militar.
Karollyne diz disse ainda que, após o disparo, o vizinho de frente, Fernando Antônio Mangueira Gomes, saiu de casa e conversou com o acusado sobre o ocorrido.
Gomes também prestou depoimento no dia 10, mas afirmou que não viu a chegada dos policiais porque estava dormindo, que acordou com os tiros e apenas ouviu o que aconteceu na sequência. Ele negou que tivesse falado com Agnaldo após o disparo contra o militar.
Os dois ficaram frente a frente nesta manhã para confrontar as versões que deram sobre o caso. Além da acareação, outras seis testemunhas prestam depoimento nesta sexta.
A audiência de instrução, presidida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, vai definir se o acusado vai a júri popular. Segundo o Tribunal de Justiça, as testemunhas arroladas pelo Ministério Público de Alagoas foram ouvidas no dia 27 de janeiro.
Fonte: G1