Ele sabe desde o começo que a mãe dele morreu quando ele era bebê. Vou tentar preservá-lo ao máximo. Tenho medo da revolta dele, do sofrimento dele. Se pudesse carregar essa carga toda, de sofrimento, de dor, se tivesse uma maneira de amenizar a dor dele que ele vai ter no futuro, daria minha vida por isso. Mas eu não tenho como. Eu sofro com isso também, não é só pela morte da minha filha.

BBC Brasil: Qual é a sua relação com o Bruno? Ele oferece algum tipo de ajuda financeira ao filho?

Sônia Moura: Nenhuma. Ao contrário do que a sociedade acha, ele não paga pensão. Desde que ela (Eliza) estava grávida, ele tentou matar o filho (Bruno é acusado de ter forçado Eliza a tomar abortivos para interromper a gravidez). Mas hoje ele vem se posando de pai protetor.

Enquanto eu viver e tiver força, do meu neto ele não chega perto. Ele tirou a minha filha de mim e do meu neto, mas o meu neto ele não vai tirar não.

BBC Brasil: Qual mensagem você enviaria aos fãs do Boa Esporte?

Sônia Moura: É triste ver uma pessoa que matou sua filha ter tantos seguidores. É um tapa na minha cara. Eles levariam os seus filhos para assistir a um jogo de futebol do Bruno? É esse o exemplo de futebol, de esportista que eles querem para os filhos deles?