1Gisele Fraga afirmou que ter seu nome envolvido em um escândalo levantado pela operação Lava-Jato acabou manchando sua carreira e destruindo seus planos de continuar fazendo cinema em Hollywood.

Segundo a atriz, em entrevista ao portal UOL, o problema começou quando ainda era casada com o empresário Augusto Mendonça Neto, dono da construtora Toyo Setal e o primeiro delator da Operação Lava Jato.

Quando eram casados, Gisele se tornou sócia do marido em uma das empresas que financiou parte do filme “Relações Criminosas”, rodado em 2010 nos Estados Unidos.

Mas três anos após se separar, viu seu marido ser acusado de repassar propina a um ex-diretor da Petrobras e descobriu que seu nome também estava envolvido no esquema de corrupção.

“Eu nunca poderia imaginar que esta empresa estava envolvida em qualquer esquema de corrupção. Eu assinava papéis sem saber o que era. Só tomei conhecimento do nome dela quando já estava filmando nos Estados Unidos. Até hoje eu estou tentando resolver essa história, limpar o meu nome. As pessoas acham que fui conivente com isso, mas não. Toda essa história manchou minha carreira, tirou meu sonho de continuar em Hollywood”, revelou Gisele.

Por conta do escândalo, as duas sequências do filme que já estavam planejadas foram canceladas pela produtora. “E ainda tenho dinheiro para receber, mas meus advogados já estão cuidando disso”, acrescentou.

Gisele conta que percebeu algo errado com seu marido quando pegou ele lendo o livro “Gerenciando Como a Máfia”, da editora Nobel.

“Achei muito estranho e pensei: como esse cara que eu tanto respeito e admiro pode estar lendo um livro desse? Estava nos Estados Unidos filmando, ele me ligou e disse que eu precisava assinar uns documentos porque ele queria vender nosso barco para comprar outro. Mas ele já estava se preparando para se separar de mim e eu nem sabia. Tudo era movimentado no meu nome. Tudo colocava no meu nome. Ele foi muito meticuloso”, contou a atriz, que após a separação nunca mais falou com o ex.

Por conta do escândalo envolvendo seu nome, Gisele viu as oportunidades de trabalho diminuirem. Agora, ela tem um plano B: deixar o Brasil.

“Quero vender meu apartamento, comprar um menor. Queria morar em Portugal, Havaí, ainda não sei. Sinto vontade de voltar a atuar, mas aqui as coisas são tão fechadas”, finalizou.