Grupo da Ufal acompanha julgamento sobre morte de professor nesta quinta

Os integrantes do Grupo Amigos e Cuidadores do Bosque em Defesa da Vida convidam a comunidade universitária para acompanhar o julgamento do assassinato do professor Luiz Ferreira de Souza, que ocorre na 17ª Vara do Fórum do Barro Duro, a partir das 8h, nesta quinta-feira (16).

As atividades do grupo foram retomadas em 2017 com a visita, na última sexta-feira (10), ao Bosque em Defesa da Vida, localizado no Campus A.C. Simões. Na ocasião, foi plantada a árvore aroeira para representar, simbolicamente, o professor.

Luiz Ferreira, médico e então vereador pelo município de Anadia, foi assassinado em 3 de setembro de 2011, após participar de um programa de rádio em Maribondo, cidade vizinha, quando anunciou que seria candidato a prefeito da cidade pela qual tinha mandato. O crime teve grande repercussão em Alagoas e após cinco anos do ocorrido parte dos apontados como acusados vai a julgamento.

Ao falar sobre a importância da comunidade universitária no desdobramento do caso, o Grupo em atuação na Ufal coloca que a Universidade exerce um papel no processo de conscientização social, destacando-se  na luta pela vida, contra a impunidade e em favor da justiça. “Nosso projeto de extensão tem realçado a importância de estimularmos, no âmbito da academia, ações de solidariedade como uma estratégia educacional que fortalece o campo dos valores imprescindíveis para contribuirmos na direção das transformações sociais que tanto desejamos em nosso país”, reforça a socióloga e participante do grupo Ruth Vasconcelos.

Na Ufal, o então Programa Ufal em Defesa da Vida e a Associação dos Docentes (Adufal), assim como a direção do ICBS promoveram atividades visando chamar a atenção da comunidade universitária e da sociedade para que o crime não figurasse como mais um impune. Luiz Ferreira era casado com a professora Rita Namé, da Escola Técnica de Artes (ETA), também participante do Grupo atrelado ao projeto de extensão Bosque em Defesa da Vida.

Seus componentes estarão presentes ao julgamento como um gesto de solidariedade à família e para expressar o desejo de que a justiça seja feita para que seus familiares possam restaurar, minimamente, a dor provocada pela perda de um homem muito querido e referência em lutas sociais na cidade de Anadia, onde nasceu e prestou serviços como médico e vereador.

O Grupo  é constituído por familiares de vítimas de violência, representadas no Bosque por meio de árvores, a maioria delas da Mata Atlântica, bem como professores e estudantes que se tornaram amigos e cuidadores do espaço. O projeto está sob a coordenação da docente e arquiteta Regina Coeli.

Fonte: TNH1

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