Investigações apontam que jornalista Márcia Rodrigues cometeu suicídio

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Ascom SSP

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) apresentou, nesta segunda-feira (30), a conclusão dos laudos e inquérito da morte de Márcia Rodrigues Farias, no município de Paripueira. As comissões da Delegacia de Homicídios (DH) e do Instituto de Criminalística (IC) esclareceram todos os fatos do caso.

Os delegados Tarcizo Vitorino, titular da Delegacia de Paripueira, Fábio Costa e Lucimério Santos, da DH, foram designados em agosto do ano passado, logo após a morte da jornalista Márcia Rodrigues, para formar uma comissão investigativa, a fim de elucidar o caso.

Após quatro meses de investigação, a comissão recebeu o laudo técnico pericial que comprovou a suspeita inicial de que Márcia teria atirado contra si mesma.

O delegado Lucimério Santos detalhou todo o processo investigativo. Foram recolhidos o celular da vítima, as imagens do circuito interno de segurança do condomínio e os depoimentos prestados pelo porteiro, pelos policiais que chegaram primeiro na ocorrência, familiares e, inclusive, o pai de Márcia, Milton Omena Farias, que seria o principal suspeito já que a arma encontrada na cena estava registrada em seu nome e foi o primeiro a encontrar o corpo.

“A investigação seguiu duas linhas: o pai matou a filha ou a filha se matou. Então começamos a procurar em meio às prova materiais se havia alguma tendência suicida ou se Milton tinha uma pré-disposição para matar a própria filha. Foi uma investigação baseada na vida deles, na convivência familiar e os elementos acerca do fato”, explicou o delegado.

Apesar do desajuste familiar e da convivência conflituosa, pai e filha tentavam há quatro meses retomar uma relação que não existia há quatro anos. Após nenhuma contradição entre os depoimentos de vizinhos e as informações dadas por Milton Omena, as imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que Milton sai da residência, reafirmando que ele não estava no local quando são ouvidos os disparos.

Para dar total veracidade à principal linha de investigação, o resultado do laudo pericial foi aguardado e deu total respaldo às investigações, esclarecendo o que aconteceu dentro da residência.

O perito criminal Jeiely Ferreira explicou como e quantos disparos foram efetuados, descartando a possibilidade de um homicídio, “Durante o levantamento pericial nós também trabalhamos com as duas linhas principais de investigação. Quatro projéteis de arma fogo foram encontrados, desses, dois atingiram Márcia. Um na região do pescoço e outro no coração”.

O laudo técnico pericial partiu dos princípios racionais e lógicos, elementos como as manchas de sangues encontradas no chão e no antebraço comprovaram que no quarto estava apenas Márcia. Por não ter habilidade com arma de fogo, ela fez dois disparos “teste” na parede, comprovados que foram feitos pela própria Márcia de acordo com altura e o ângulo em que os projéteis atingiram a parede. Assim como a projeção dos outros dois disparos que foram feitos a curta distância do corpo e atingiram o pescoço e do coração.

 

Agência Alagoas

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