Cresce número de mortes nas ALs
As estatísticas referentes ao ano de 2016, apresentadas ontem pelos órgãos de trânsito, apontam aumento de 20,6% no número de mortes registradas nas rodovias estaduais, na comparação com o ano anterior. Enquanto houve 70 mortes nas rodovias do Estado em 2016, em 2015 foram anotadas 58 mortes.
Já nas rodovias federais, os óbitos caíram de 119 em 2015 para 102 no ano passado, o que representa uma redução de 14%. Quando se soma todas as rodovias do Estado, também constata-se queda no número de vítimas fatais: de 177 para 172, em 2015 e 2016, respectivamente.
Os dados foram divulgados durante entrevista coletiva na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Maceió, com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) e Batalhão de Trânsito (BPTran).
As estatísticas revelam que ocorreram 715 acidentes de trânsito em vias estaduais em 2016 e 797 no ano anterior. Nas federais, o número caiu de 1070 para 941.
De acordo com o levantamento, quase 90% das vítimas do trânsito são homens. Além disso, os dados mostram que o Estado vem economizando R$ 10 milhões, anualmente, com as ações da operação Lei Seca. Apesar da economia, os acidentes de trânsito custaram, em 2016, 376 milhões aos cofres públicos, segundo estimativa do Detran/AL.
LEI SECA
No âmbito das ações educativas, a Lei Seca tem papel importante na redução dos acidentes de trânsito. O diretor-presidente do Detran, Antônio Carlos Gouveia, defende a ação e relata que, em 2016, foram realizadas 29 mil abordagens, que resultaram em 2.400 Carteiras Nacional de Habilitação (CNH’s) suspensas e 300 pessoas presas. Os agentes flagraram 1.750 pessoas conduzindo veículos sem a habilitação e 110 portando documentos falsos.
“O intuito da operação não é fiscalizar por fiscalizar. Os dados mostram isso. Algumas pessoas pagam R$ 2.500 por uma habilitação falsa, mas não querem pagar R$ 1.500 para serem habilitadas. Estamos e precisamos reforçar as campanhas educativas para que a sociedade entenda que a Lei é para educar e não para, apenas, punir”, afirmou Antônio Carlos Gouveia.