“Ele me disse que se alguém o matasse, o culpado seria o Arnaldo”, afirma mãe de Reyneri
Atualizado as 12h11
Paulo Roberto Xavier de Araújo, Rogério Ferreira Dos Santos, Eli Oliveira de Almeida e Arnaldo Cavalcante, os quatro acusados de envolvimento no assassinato do advogado e agropecuarista Alberto Reyneri Pimentel Canales Ybarra já estão sendo julgados.
A mãe de Reyneri, Helenilda Veloso Pimentel Canales, está sendo a primeira a ser ouvida, como declarante, pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal, no Fórum do Barro Duro.
“Meu filho me disse que se alguém matasse ele, seria o senhor ‘Arnaldo do Detran’. Houve uma briga e um ano depois ele mandou matar meu filho. Ele disse a várias pessoas que ia matar o meu filho. Ninguém quis ser testemunha porque ele é uma pessoa perigosa”, afirmou Helenilda Veloso Pimentel Canales, mãe de Reyneri.
No depoimento, ela disse ainda que nos dias após o crime ficou em estado de choque e não lembrou de imediato do aviso do filho. Sobre a briga, Helenilda contou que Reinery se irritou porque Arnaldo estaria “falando mal” do prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro, de quem seu filho seria amigo. “[Arnaldo] deu o primeiro murro e depois meu filho deu um murro nele”, disse.
O caso tem 31 testemunhas. Ainda não foi definido quantas serão ouvidas hoje, e quantas serão dispensadas pelas partes, o que influirá na duração do julgamento.
‘O mais fraco’
O advogado Raimundo Palmeira atua em favor do acusado de ser mandante. Ele afirma que não há “absolutamente nada” contra seu cliente no processo, e que haveria outros suspeitos do crime, no entanto a Polícia teria investigado apenas Arnaldo.
“Se acusa o ex-vereador Arnaldo por um atrito tido com a vítima, um pequeno atrito: Reyneri teria desferido, numa festa, um soco no Arnaldo, que sequer teria pegado em cheio, teria batido no ombro”, afirmou Palmeira.
“No começo da criminologia, se dizia que entre dois suspeitos de um crime, condene-se sempre o mais feio. Hoje, parece que mudou, entre dois suspeitos de um crime, se vai buscar sempre o mais pobre. Arnaldo é o mais fraco economicamente”, argumentou ainda o advogado.
O crime ocorreu na noite de 16 de agosto de 2012, na Fazenda Acapulco, propriedade da vítima, em Palmeira dos Índios. De acordo com os autos, os denunciados Paulo Roberto Xavier de Araújo, Rogério Ferreira Dos Santos e Eli Oliveira de Almeida entraram na Fazenda, encapuzados, e praticaram o homicídio.
Consta na denúncia que o crime foi motivado por uma briga que ocorreu anteriormente, na residência do advogado Lutero Beleza, onde a vítima esmurrou o também réu Arnaldo Cavalcante Lima, que para se vingar da agressão teria contratado os serviços de Eli Oliveira, para executar a vítima.
*Redação com TJ/AL