Aposentados têm cartões do BB clonados em Palmeira dos Índios

Arquivo Estadão Alagoas
Arquivo Estadão Alagoas

Mais uma ação criminosa envolvendo bancos, clientes e ladrões no Brasil, dessa vez no interior de Alagoas. Descoberta uma onda de clonagens de cartões do Banco do Brasil no município de Palmeira dos Índios está deixando os clientes desesperados. Alguns tiveram a conta corrente “zerada”. A maioria dos clientes lesados são beneficiários do INSS.  Vale salientar que ataques semelhantes já haviam sido registrados anteriormente no município de Arapiraca.

Um aposentado que preferiu não se identificar, levou um susto ao perceber saque em seu extrato bancário que não foram feitos por ele.

A reportagem do Estadão Alagoas entrou em contato com o delegado Alexandre Leite, titular da 5ª Delegacia Regional de Polícia, que afirmou que a invasão de conta corrente de fato ocorreu na agência de Palmeira dos Índios. “Não sabemos ainda precisar a quantidade de pessoas lesadas. Estamos apurando, e sabemos que os crimes estão sendo consumados de Maceió. As providências já estão sendo tomadas pela polícia”, limitou-se a dizer.

Informações apuradas pelo Estadão Alagoas, dão conta que os cartões clonados  são em sua totalidade, sem chip. “Cartões com chip não foram clonados e continuam infinitamente mais seguros que cartões de tarja magnética, estes, sim, facilmente clonáveis”, informou um funcionário do BB que não quis identificar-se, e chegou a complementar que 90% dos cartões com chip desses usuários lesados encontram-se na agência bancaria. Podendo-se associar, então, a ação criminosa ao fato de os beneficiários não terem procurado a referida agência para receber os seus novos cartões, estes sim, “chipados”.

O ocorrido será registrado e enviado à agência bancária para que seja realizada a análise e, caso seja confirmado, o banco é obrigado por lei a ressarcir o consumidor quando comprovada a fraude. Porém nesse caso, permanece uma dúvida, da qual a instituição financeira pode se valer: como pagar por um erro que não é oriundo da mesma? Pode o banco alegar que os aposentados lesados foram vítima de mais um crime extra instituição e, desta feita, com requintes de meios eletrônicos, diferentemente daqueles que envolvem, por exemplo, “beira de caixa eletrônico” e “saidinha de banco”.

As clonagens acontecem geralmente em cartões com tarja magnética. 90 % dos cartões com chip já estão disponíveis na agência. O ocorrido será registrado e enviado para o banco.  O caso será investigado pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), em Maceió.

 

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