Celia Castedo Monasterio, funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana) que revisou o plano de voo do avião da Chapecoense, entrou com um pedido de refúgio no Brasil.
A informação é do portal “G1″, que diz que Monasterio foi atendida pela Procuradoria da República na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a aproximadamente 660 km de Santa Cruz de la Sierra, de onde partiu o avião da empresa Lamia com o avião da Chape.
A funcionária havia apontado problemas no plano de voo apresentado pela tripulação, que previa um trajeto exatamente igual à autonomia do avião e não incluía um aeroporto alternativo. Ainda assim, a aeronave recebeu autorização para decolar. Por conta disso, Monasterio foi suspensa de suas atividades e denunciada pela Aasana por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”.
O sindicato que reúne os funcionários da agência saiu em defesa da colega e disse que ela está sendo usada como bode expiatório da tragédia. Além disso, de acordo com a entidade, Monasterio não tinha poderes para bloquear o voo.
Segundo leis internacionais, o refúgio é concedido a pessoas que fogem de seus países de origem por perseguições por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou política. No Brasil, os pedidos são avaliados pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), subordinado ao Ministério da Justiça.
A Bolívia também investiga possíveis ligações entre a Lamia e a Conmebol, já que a empresa tinha amplo acesso a equipes sul-americanas, apesar de sua frota ter somente três aviões e da pouca experiência no mercado. O acidente com a Chapecoense deixou 71 mortos, incluindo 19 jogadores. (ANSA).