No dia em que a bacharel em direito e auxiliar de enfermagem Elize Matsunaga foi acusada de matar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em maio de 2012, ela teria comprado uma serra elétrica em uma casa de ferragens quando voltava de uma viagem ao Paraná. A afirmação é da babá Amonir Hercília dos Santos, que ouviu a história da mãe, que também trabalhava como babá para a família.
Amonir foi convocada como testemunha da acusação e foi a primeira a ser ouvida nesta segunda-feira, durante o júri de Elize. Ela costumava cobrir as folgas da mãe.
No dia do crime, Elize voltou de viagem ao Paraná, seu Estado Natal. Ela esteve lá por dois dias, acompanhada pela filha, de 1 ano, e da mãe de Amonir. No retorno, teria comprado a serra.
Marcos Matsunaga foi morto com um tiro e teve o corpo segmentado em sete partes. Primeiramente ele foi dado como desaparecido e o seu corpo encontrado sete dias depois em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Não há provas de que a serra tenha sido utilizada no crime.
De acordo com as investigações, no dia 19 de maio 2012, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem.
Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.
Em depoimento, dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.