AL economiza R$ 350 mi com ajuste nas contas

As medidas são impactantes e bastaram ser anunciadas para provocar reações contrárias. As imposições feitas pelo governo federal para o ajuste fiscal dos estados, endividados em sua maioria, são duras e atingem em cheio os servidores estaduais, que terão seus salários congelados por ao menos dois anos, além de pagarem uma bagatela maior se quiserem ter Previdência.

Em Alagoas, o governador Renan Filho (PMDB) considera que os efeitos das medidas tendem a ser menos gravosos, uma vez que, segundo ele, parte delas já vinha sendo adotada pelo governo do Estado há dois anos, quando assumiu o comando do Executivo. Período que em que o Estado registra um superavit de R$ 350 milhões nas finanças públicas, como informa o secretário da Fazenda, George Santoro.

A cifra corresponde a despesa corrente até agosto de 2016 em relação ao mesmo período de 2014. As despesas correntes são a de custeio de manutenção das atividades dos órgãos da administração pública, como por exemplo: despesas com pessoal, juros da dívida, aquisição de bens de consumo, serviços de terceiros, manutenção de equipamentos, despesas com água, energia, telefone.

“Se compararmos a 2014, chegamos a ter uma economia real de 15% da despesa corrente. Estamos, portanto, numa situação muito diferente da maioria dos estados. Se não formos o Estado que mais reduziu despesa, estamos entre os primeiros. Estamos com nossas despesas comprimidas”, afirma George Santoro, ao dizer que se isso não fosse feito “não teria como pagar o salário de ninguém”. E faz a crítica ao pacote fiscal imposto a todos os entes federados: “Os outros estados que não estão pagando salário são beneficiados? É muito esquisita essa situação”.

Somente com contratos, de acordo com Santoro, “foram reduzidos quase R$ 200 milhões no ano passado. Se somar tudo, são R$ 350 milhões de redução de custeio do Estado em relação ao mesmo período de 2014”, ele informa, ao dizer que a redução de cargos comissionados e secretarias, também implementada no governo de Renan Filho “tem um impacto muito mais didático do que de valor”.

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