Após retorno de prefeito afastado, opositores brigam em festa de emancipação
Correligionários e familiares do prefeito de Campestre, Amaro Gilvan de Carvalho (PT do B), o “Gilvan Cabeção”, e do vice, Gilmar de Oliveira Lins (PMDB), se envolveram numa briga generalizada na noite de quinta-feira (24), durante a festa em comemoração aos 22 anos de emancipação política do município, no centro da cidade.
Os ânimos se exaltaram no município após decisão do desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), que devolveu o cargo de prefeito a Gilvan Cabeção. Ele estava afastado liminarmente sob acusação de cometer atos de improbidade administrativa.
Parentes e amigos do prefeito compareceram à festa realizada pelo grupo político de oposição, promovida pelo prefeito eleito Nielson Mendes, o “Pino” (PMDB). Este foi apoiado por Gilmar Lins. Na confusão, Genivaldo de Oliveira, irmão do atual vice-prefeito, teve o braço fraturado e a esposa dele sofreu um corte na perna.
Gilmar Lins compareceu, na manhã desta sexta-feira (25), à Delegacia Regional de Polícia Civil, em Novo Lino, para prestar queixa e pedir garantias. Ele disse que toda a família se sente ameaçada. “Durante a festa, colocaram uma mesa bem perto da nossa e começaram a confusão. Depois da briga, foram até a porta da minha casa, quebram garrafas de bebidas e jogaram dentro da residência, onde meus filhos estavam dormindo”, declarou o vice-prefeito.
As imagens da briga generalizada foram registadas em vídeo. Cadeiras, mesas, copos e garrafas são arremessados de um lado para o outro, em meio à correria, socos e pontapés. De acordo com Gilmar Lins, um sobrinho e um genro do prefeito iniciaram a confusão. O vice-prefeito, entretanto, garantiu que Gilvan Cabeção não estava na festa.
Ação
O juiz da 2ª Vara de Porto Calvo, José Eduardo Nobre Carlos, havia afastado Gilvan Cabeção do cargo de prefeito no dia 18 deste mês. O magistrado acatou ação de responsabilidade contra o gestor por ato de improbidade administrativa com pedido de ressarcimento dos danos causados ao erário público e indisponibilidade dos bens.
A ação foi ajuizada pelo município de Campestre, quando administrado pelo vice-prefeito Gilmar Lins, que assumiu o comando da administração durante o primeiro afastamento do gestor, também por improbidade administrativa, e que durou mais de 180 dias.
Entretanto, nessa quinta-feira (24), o desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, em decisão monocrática, devolveu o cargo de prefeito a Gilvan Cabeção, ao julgar agravo de instrumento movido pelos advogados de defesa. O relator, porém, manteve a indisponibilidade dos bens do atual gestor. A decisão foi proferida na quinta e publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta sexta.
- Com Gazeta Web