Após perícia, Sanguinetti diz que Emanoel Boiadeiro foi executado
O local do crime onde Emanoel Messias de Melo Araújo, de 30 anos, conhecido como Emanoel Boiadeiro, foi periciado nesta segunda-feira, 21, pelo perito criminal alagoano, George Sanguinetti. A casa onde foram feitas as coletas de material fica na cidade de Belo Monte.
A família da vítima acompanhou os trabalhos e destacou que Emanoel não possuía nenhuma pendência com a justiça, como chegou a ser alegado.
Segundo a assessoria de Comunicação, Maria das Graças, mãe de Emanoel, questiona o fato do Policial Civil, conhecido como Matos, estar à frente da operação que resultou na morte de Emanoel Boiadeiro. Visto que o policial é filho do sargento Eudson Matos, que foi assassinado por Emanoel Boiadeiro em uma discussão ocorrida na cidade de Batalha.
Maria das Graças ainda afirma que seu filho estaria respondendo em liberdade pelo crime de homicídio. “Emanuel respondia pelo homicídio em liberdade, tendo como seu advogado o Dr. Raimundo Palmeira. O Emanuel não fazia parte de nenhuma lista de investigados”, disse.
Os pais de Emanoel Boiadeiro ainda informaram que seu filho fazia parte do comitê eleitoral do prefeito eleito da cidade de Belo Monte e que ele estaria lá a convite do então candidato ao executivo.
No local do crime, após análise pericial, Sanguinetti foi categórico ao afirmar que o assassinato de Emanoel Boiadeiro não foi resultado de troca de tiros entre a equipe do GECOC e a vítima, reforçando sua tese de execução. “Várias evidências me fazem concluir que as vítimas foram pegas de surpresa. Só há tiros de fora para dentro. Encontramos uma calça do Emanuel perfurada a tiros. Além disso, ele fora arrastado para o veículo já morto, e apareceu no hospital de bermudas. As informações que constam nos Autos oficiais são na verdade uma ‘Estória’.
Entenda o caso
Emanoel Boiadeiro foi assassinado no dia 01 de outubro, atingido por tiros durante uma operação do GECOC. A operação resultou em duas mortes, Emanoel Boiadeiro e Fabrício Barbosa, e um policial do Bope baleado na mão. Na ocasião os dados oficiais afirmavam que os mortos seriam pistoleiros que faziam a segurança de um candidato a prefeito da cidade.
Segundo as investigações divulgadas para a imprensa, Emanoel Boiadeiro seria assaltante de banco e já havia matado dois PMs, um em Batalha e outro na Bahia. Na mesma operação foram presos quatro homens acusados de formação de quadrilha. Os quatro presos estavam na mesma residência.
De acordo com o Gecoc, partiram de Emanoel e Fabrício os tiros que atingiram um policial do Bope que participava da operação. O Gecoc também informou, na época, que há três meses que o GECOC, PM e PC investigavam a suposta quadrilha presa na operação e que os suspeitos eram responsáveis por roubo a banco e pistolagem.
*Com assessoria