Servidores de Campestre denunciam desmandos administrativos
Servidores públicos municipais de Campestre, entre efetivos, contratados e comissionados, compareceram, na manhã desta quarta-feira (16), ao Fórum Domingos Fernandes Calabar, em Porto Calvo. Eles desejam ser recebidos pelo promotor de Justiça, Adriano Jorge Barros, e pelo juiz de Direito, João Paulo Martins da Costa, para denunciar supostos desmandos administrativos cometidos pelo prefeito daquele município, Amaro Gilvan de Carvalho (PT do B), o “Gilvan Cabeção”.
Enquanto aguardavam o atendimento, os manifestantes se concentraram em frente ao Fórum de Justiça e ergueram cartazes, em sinal de protesto contra os atos do gestor, que reassumiu o cargo no dia 20 de outubro, após ficar mais de 180 dias afastado, acusado de improbidade administrativa.
Segundo os manifestantes, o prefeito, ao reassumir o cargo, exonerou contratados e comissionados, que continuaram trabalhando até o final do mês, quando só tomaram conhecimento da portaria de exoneração no dia 31 de outubro.
“Tenho complemento de carga horária, mas fui exonerada e não comunicada. Dessa forma, continuei trabalhando e, ao final, não recebi a complementação do meu salário”, denunciou a professora concursada Adailza Gançalves, que ocupava o cargo de coordenadora pedagógica de uma escola municipal.
De acordo com os manifestantes, mais de 30 servidores de diversas áreas ficaram sem seus complementos financeiros; outros ainda não receberam nenhuma parte do salário referente a outubro. Os trabalhadores denunciam que estão sendo vítimas de perseguição política, porque não fazem parte do grupo do prefeito que reassumiu o cargo.
Denunciaram ainda que programas sociais e serviços essenciais foram afetados pelas exonerações promovidas pelo prefeito que, apesar do caos administrativo, vai realizar um grande show musical no dia 25, data da emancipação política de Campestre.
Os trabalhadores relataram também que, no apagar das luzes de sua gestão, o prefeito de Campestre deseja promover um concurso público. Revelaram que um grupo de vereadores da oposição tenta impedir a realização do certame, porque teme a ocorrência de fraudes.
