Problema dos lixões acabam até o final do ano no Agreste
Os integrantes do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram) visitaram na manhã de ontem (8), as instalações da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) do Agreste, entre os municípios de Arapiraca e Craíbas.
Durante sessão intinerante do Conselho, realizada no centro administrativo arapiraquense, o secretario de Meio Ambiente e Saneamento do município, Ivens Leão, apresentou um balanço das ações da pasta e também detalhou a construção e o funcionamento da CTR, que estará funcionando até o final do ano. “Trata-se de uma obra que vai mudar completamente o cenário ambiental do agreste alagoano, já que sua inauguração vai marcar o fim do lixão de Arapiraca, que tanto prejudica a natureza e a população”, destacou.
Além da contaminação do solo, através do chorume, o lixão é fonte potencial de vetores de várias doenças, provoca vulnerabilidade social, além de causar impacto visual negativo da região. A reunião do Cepram foi presidida pelo secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Alexandre Ayres e, além dos conselheiros, contou com a presença dos prefeitos eleitos de Girau do Ponciano, Davi Barros, de Craíbas, Ediel Leite e de Igaci, Oliveiro Torres. Durante a visita às obras da CTR, Dr. Márcio, vice-prefeito eleito de Palmeira dos Índios também esteve presente. A presença dos conselheiros e dirigentes municipais reforça e consolida o Consórcio Público Regional de Resíduos Sólidos do Agreste Alagoano (Conagreste).
Para o secretário Alexandre Ayres, apesar de ser uma prerrogativa dos municípios, a partir de uma premissa do Governo Federal, por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Governo do Estado é apoiador e disseminador de boas práticas no que diz respeito ao meio ambiente. “A legislação é clara e a data limite para adequação da destinação de resíduos é clara, ou seja, em 2018 todos os municípios brasileiros terão que fechar seus lixões e encaminhar corretamente seus resíduos para centrais de tratamento e aterros sanitários”, salientou Alexandre Ayres.
CTR AGRESTE – A Central de Tratamento de Resíduos do Agreste já está com 90% de suas obras concluídas. Segundo os técnicos do Grupo Alagoas Ambiental, também responsável pela CTR Metropolitana, em Pilar. Numa área de 81 hectares, entre Arapiraca e Craíbas, a obra teve investimento inicial de R$ 14 milhões e vai atender mais de 30 municípios da região, ou seja, receber mais de 1.000 toneladas por dia.
Prestes a passar pela vistoria para obter a licença de operação, a CTR Agreste vai receber, na primeira fase, resíduos domiciliares e comerciais (Classe II); entulhos de construção civil (inerte); material resultante da podação de árvores, dentre outros, além da lagoa de chorume.
Os resíduos produzidos pelos estabelecimentos que atuam na área de saúde, como postos e hospitais (Classe I) vão continuar por enquanto sendo encaminhados para a CTR Metropolitana, no município de Pilar. “A parte administrativa também estará pronta neste primeiro momento, incluindo refeitório e um auditório, que será usado para treinamentos das equipes que vão atuar no local e para as palestras de educação ambiental, destinadas aos alunos da região”, informou Keylle Lima, diretor executivo da Alagoas Ambiental, empresa que estabeleceu com o Conagreste, a Parceria Público Privada (PPP), responsável pelo empreendimento.