Inquérito sobre morte de Domingos Montagner é concluído

domingosO delegado geral da Polícia Civil de Sergipe, Alessandro Veira informou na tarde desta terça-feira (8), que o  inquérito que investigava o acidente com o ator Domingos Montagner, que morreu após ser arrastado pela correnteza do Rio São Francisco, no dia 15 de setembro, foi concluído.

“O depoimento de testemunhas e os laudos apresentados mostram que ocorreu um afogamento e nada diferente disso”, afirma Alessandro Veira. Ainda segundo ele, todo o material sobre a conclusão do laudo foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPE), que vai analisar e pode ou não se manifestar em relação ao que foi apurado.

“Sobre a falta de sinalização no local, nós fizemos um apontamento sobre a omissão da prefeitura, mas cabe ao Ministério Público uma eventual penalização. A polícia fica à disposição para qualquer realização de novas diligências caso o MP julgue necessário”, disse o delegado.

A assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual (MPE) informou que ainda não tem conhecimento sobre qual promotoria vai analisar o caso.

omo foi o acidente
Montagner morreu na tarde do dia 15 de setembro após desaparecer nas águas do Rio São Francisco, onde foi arrastado pela correnteza. O ator tinha 54 anos e interpretava Santo em “Velho Chico”, novela da TV Globo.

Ele havia gravado cenas da novela na parte da manhã. Após o término da gravação, almoçou e, em seguida, foi tomar um banho de rio, acompanhado da atriz Camila Pitanga. Durante o mergulho, não voltou à superfície. Camila avisou a produção, que iniciou imediatamente a procura pelo ator.

A atriz descreveu o acidente para a polícia. Segundo ela, os dois foram até uma pedra e mergulharam no rio. Depois, ela notou que havia muita correnteza e avisou Domingos. Eles nadaram de volta para a pedra, Camila chegou primeiro e tentou duas vezes segurar na mão do ator. Mas a correnteza o arrastou.

Segundo o delegado de Canindé do São Francisco, Antônio Francisco Filho, os atores queriam mergulhar em um local mais tranquilo. “Eles acharam que era seguro, mas, na verdade, era um dos mais perigosos para o banho. Esta é uma parte do rio em Canindé que não é comum ser utilizada pelos banhistas”, afirmou.

O corpo foi encontrado a 18 metros de profundidade e a 320 metros da margem do rio. E segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica provocada por afogamento.

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