Rio de Janeiro – Após o fiasco do PMDB de Pedro Paulo no primeiro turno, o senador licenciado Marcelo Crivella (PRB) deve ser eleito prefeito no Rio de Janeiro. Ele lidera o pleito com larga vantagem contra Marcelo Freixo (Psol). Com o apoio do PT e um discurso mais contido, principalmente em relação aos black blocs, Freixo não conseguiu engrenar nas pesquisas. O provável triunfo de Crivella coloca na mão do PRB, ligado à igreja Universal, o segundo maior colégio eleitoral do país, depois de São Paulo.
Belo Horizonte – Repleto de reviravoltas, o páreo está incerto em BH entre o ex-presidente e o ex-goleiro do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB). Após receber mais votos no primeiro turno, Leite foi ultrapassado pelo adversário. Mas na reta final, um ato falho de Kalil acabou por embolar a disputa. O candidato afirmou em um debate que “rouba, mas não pede propina”. Se o cartola ganhar, será o primeiro triunfo do nanico PHS em uma capital – justamente a quarta maior do país. E mais uma derrota dolorosa para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), padrinho político de Leite, cujo afilhado foi derrotado por Fernando Pimentel (PT) na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2014. Aécio perdeu ele próprio no Estado a corrida eleitoral pela Presidência naquele ano – na ocasião, contudo, ganhou em BH.
Porto Alegre – O deputado federal Marchezan Júnior (PSDB), que a princípio não era cotado nem para o segundo turno, lidera a disputa contra o atual vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB). Após impor uma dura derrota ao PT, o Rio Grande do Sul está próximo de eleger um parlamentar de 44 anos que ganhou evidência no Congresso por sua atuação pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Melo, por outro lado, é o candidato do governador José Ivo Sartori (PMDB), que está com a popularidade em baixa por causa da crise financeira no Estado.
Curitiba – No berço da Lava Jato, o resultado pode surpreender. O ex-prefeito Rafael Greca (PMN), que tinha chances de levar no primeiro turno, não fosse a sua declaração infeliz sobre ter vomitado ao sentir o cheiro de um morador de rua, aparece numericamente atrás de Ney Leprevost (PSD), que nem era cotado para avançar ao segundo turno.
Recife – Herdeiro político do falecido Eduardo Campos, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) encabeça com folga a disputa contra o ex-prefeito João Paulo (PT). A provável reeleição acaba de vez com a expectativa do PT de conquistar ao menos mais uma capital, além de Rio Branco.
Fortaleza – O atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) aparece na frente na disputa contra o capitão Wagner (PR). A possível vitória consolida a hegemonia dos irmãos Cid e Ciro Gomes – este último já se lançou pré-candidato à presidência em 2018. Wagner, por sua vez, é apoiado pelos senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB).
Campo Grande – O deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) deve vencer a disputa em cima da vice-governadora Rose Modesto (PSDB). A provável ascensão do deputado fortalece o clã dos Trad, que já comandou a cidade por dois mandatos, e representa uma derrota para o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Manaus – Pelas últimas pesquisas eleitorais, o prefeito Artur Virgílio Neto (PSDB) é o grande favorito à reeleição na capital amazonense. O outro candidato é Marcelo Ramos (PR). Se vencer, Neto se cacifa para almejar voos mais altos em 2018, como se lançar ao governo do Estado ou ao Senado.
Maceió – O prefeito Rui Palmeira (PSDB) lidera com folga a peleja em cima do ex-prefeito Cícero Almeida (PMDB), apoiado pelo clã do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Goiânia – A vitória deve ficar com Iris Rezende (PMDB), que já foi prefeito duas vezes, senador e governador de Goiás. O outro candidato que está no páreo é o candidato Vanderlan Cardoso (PSB), pupilo do governador Marconi Perillo (PSDB).
Florianópolis – O candidato Gean Loureiro (PMDB) é o que tem mais chances de vencer a disputa contra ex-prefeita Angela Amin (PP), que chegou a ser condenada pelo STJ por improbidade administrativa, mas depois teve os direitos políticos restabelecidos.
Aracaju – A disputa está acirradíssima entre Valadares Filho (PSB) e Edvaldo Nogueira (PCdoB), empatados tecnicamente. Trata-se da briga de um membro do clã dos Valadares contra um aliado do PT, que lançou o vice em sua chapa.
Cuiabá – As pesquisas mais recentes indicam a vitória do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB) contra o seu ex-aliado Wilson Santos (PSDB), que já foi prefeito em duas oportunidades.
Belém – A disputa está embolada entre os candidatos Edmilson (Psol) e o atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB). Numericamente, o psolista está na frente do tucano, que havia ganhado o primeiro turno.
Macapá – Em sua estreia nas eleições, a Rede Sustentabilidade deve levar a prefeitura de Macapá com o atual prefeito Clécio Luis, que antes era do Psol. Ele lidera as pesquisas contra o ex-senador Gilvam Borges (PMDB).
Porto Velho – Conhecido como o Doria de Rondônia, o empresário tucano Hildon de Lima Chaves saiu da quinta colocação no primeiro turno para ser o favorito do pleito. O outsider tem larga vantagem sobre o deputado estadual Léo Moraes (PTB).
São Luís – A disputa está embolada entre o prefeito Edivaldo Holanda Jr (PDT) e o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que sem nenhuma aliança briga de igual para igual com o candidato do governador Flavio Dino (PCdoB).
Vitória – As pesquisas apontam a reeleição do atual prefeito Luciano Rezende (PPS), que lidera a corrida contra o apresentador de TV Amaro Neto (Solidariedade). Trata-se de uma disputa entre duas forças políticas locais que romperam em 2014 – do lado de Rezende, o ex-governador Renato Casagrande (PSB); e de Amaro Neto, o atual governador Paulo Hartung (PMDB).
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