Papa Francisco canoniza “padre gaúcho” e outros seis santos
O argentino José Gabriel Brochero (1840 – 1914), o menino mexicano José Sánchez del Río (1913 – 1928), os franceses Salomón Leclercq (1745 – 1792) e Isabel de la Santísima Trinidad Catez (1880-1906), o espanhol Manuel González García (1877 – 1940) e os italianos Ludovico Pavoni (1784 – 1849) e Alfonso María Fusco (1839 – 1910) foram alçados à glória dos altares por serem exemplo de dedicação aos pobres e aos doentes, e por sacrificar a própria vida por sua fé.
Brochero é conhecido como o “padre gaúcho” e viveu em Córdoba, na Argentina. Agora o primeiro santo nascido neste país, o padre viajava dando bênçãos aos fieis e cobrando infraestrutura dos governantes para desenvolver a região. Além de curar doentes, Brochero também ajudou na epidemia de cólera, no século 19, e morreu de lepra no início do século 20 – doença adquirida ao dividir o mate com pessoas doentes.
Milhares de pessoas, entre eles o presidente argentino Mauricio Macri e a ministra francesa da Ecologia, Ségolène Royal, assistiram à cerimônia. Segundo as normas do Vaticano, é necessário demonstrar que o candidato intercedeu ao menos em dois milagres para que ele possa ser proclamado santo.
Com essas canonizações, Francisco se converte num dos pontífices que mais proclamou santos em três anos de pontificado, entre eles os papas João XXIII e João Paulo II em 2014 e a madre Teresa de Calcutá este ano. A chamada “fábrica dos santos” é uma máquina burocrática complexa que estuda vida e os milagres atribuídos aos candidatos à honraria. Em 27 anos de pontificado, João Paulo II (1978 – 2005) proclamou 480 santos, um recorde na história da Igreja católica.
No início do ano, Francisco aprovou normas para o financiamento das causas de beatificação e canonização, uma maneira de garantir uma maior transparência depois do escândalo conhecido como Vatileaks2, no qual foram denunciadas as somas elevadas que algumas congregações religiosas gastaram para alcançar a beatificação ou a canonização de seus protetores.
Fonte: Zero Hora