Perícia confirma que corpo achado carbonizado é de professor da Ufal
A Perícia Oficial de Alagoas divulgou nesta terça-feira (11) que o exame de DNA feito no corpo carbonizado encontrado dentro de um carro em Rio Largo confirmou que o cadáver é do professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Daniel Thiele, 35.
O laudo cadavérico apontou que ele foi morto por traumatismo crânio encefálico e por instrumento perfuro-contundente provocado por arma de fogo e, em seguida, seu corpo foi carbonizado. O resultado do laudo cadavérico e do exame de DNA será encaminhado para a delegacia responsável pela investigação.
O professor estava desaparecido desde o dia 20 de setembro. Thiele era natural do Rio Grande do Sul e dava aulas no Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Ufal. O irmão do professor, Marcelo Thiele, disse que a última vez que a família teve contato com o professor foi no dia 18 de setembro, quando o pai deles conversou por telefone com o filho que estava em Maceió. Ele não notou nenhuma mudança no comportamento de Thiele. O irmão dele disse que toda a família foi surpreendida pela notícia do desaparecimento.
Marcelo Thiele disse que o corpo será levado para o Rio Grande do Sul. “Como meu irmão já havia manifestado a vontade, o seu corpo será cremado e no final de semana iremos realizar uma cerimônia de despedida para ele”, disse.
Na última quinta-feira (6), o delegado Felipe Caldas, que investigava o desaparecimento do professor, afirmou que o corpo carbonizado estava no banco de trás e com um arame em volta do pescoço.
Suspeitos presos
Emerson Palmeira da Silva e Anderson Palmeira da Silva foram presos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. De acordo com a polícia, o chip do celular do professor foi usado por um dos irmãos, o Anderson, mas a motivação do crime ainda não foi esclarecida.
Os dois negam participação no crime. Pela manhã, a esposa de Emerson Silva foi à delegacia para tentar informações do marido. Ela disse ao G1 que ele é inocente. “Ele é pai de família, não tem envolvimento com nada ilegal”.
Outras duas pessoas, um homem e um adolescente, haviam sido detidas para averiguação. Elas foram ouvidas e liberadas pela polícia.