Resultados das escolas na edição de 2015 do Enem já estão disponíveis
O sistema de divulgação das notas por escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 já está disponível para consulta. A apresentação dos principais resultados foi feita nesta terça-feira, 4, em coletiva com o Ministro da Educação Mendonça Filho, na sede do Ministério da Educação (MEC). Também estiveram presentes a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini; a Secretaria Executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro; o Secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva; além de outras autoridades e técnicos desses órgãos e da comunidade acadêmica.
Os resultados do Enem por Escola contemplam as 14.998 escolas que cumpriram o critério de ter pelo menos dez alunos participantes do Enem 2015 e ter taxa de participação igual ou superior a 50%. Os resultados também contabilizam os 1.212.908 estudantes matriculados no 3º ano do Ensino Médio Regular, declarados no Censo da Educação Básica de 2015 e que realizaram as quatro provas objetivas e a prova de redação do exame no ano passado, recebendo nota maior que zero nas objetivas e não tendo sido eliminados da redação.
O desempenho dos alunos subiu em Redação e em Ciências Humanas, mas caiu em Matemática e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Natureza e suas Tecnologias. Para Maria Inês Fini esse resultado também reforça a importância da Reforma do Ensino Médio anunciada pelo Ministério da Educação em meados de setembro. “O Enem de 2017 virá para apoiar essa reforma”, anunciou a presidente.
Contextualização – Os resultados do Enem por escola devem ser considerados com cautela, uma vez que a participação dos estudantes no exame é voluntária. Diante da heterogeneidade de contextos onde as escolas estão inseridas, torna-se necessário considerar o resultado do desempenho dos alunos associado aos diferentes fatores que caracterizam estes contextos. Toda e qualquer comparação entre escolas pertencentes a contextos diferentes sem a devida ponderação entre o desempenho e os diferentes fatores intra e extra escolares a ele associados é considerada indevida.
Indicadores – Quatro indicadores devem ser considerados: o Indicador de Nível Socioeconômico (INSE), relacionado aos alunos; e o Porte, o Indicador de Formação Docente e o Indicador de Permanência do Aluno, relacionados às escolas. O Indicador de Nível Socioeconômico possibilita, de modo geral, situar o público atendido pela escola em um estrato ou nível social, apontando o padrão de vida referente a cada um de seus estratos. Esse indicador é calculado a partir da escolaridade dos pais, da posse de bens e contratação de serviços pela família dos alunos.
O Porte da Escola é definido pela quantidade de alunos matriculados no 3º ano do Ensino Médio Regular. Já o Indicador de formação docente está relacionado aos docentes com formação superior em licenciatura na mesma disciplina que lecionam, ou bacharelado na mesma disciplina com curso de complementação pedagógica concluído. Os dados utilizados são os fornecidos pela própria unidade de ensino, por meio do Censo Escolar da Educação Básica. O Indicador de Permanência na Escola apresenta o percentual de participantes que cursaram todo o ensino médio na mesma escola em que se encontravam matriculados em 2015, de acordo com o Censo Escolar.
Teoria de Resposta ao Item – Desde 2009, a proficiência dos participantes do Enem nas provas objetivas é calculada por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Além de estimar as dificuldades dos itens e as proficiências dos participantes, essa metodologia permite que os itens de diferentes edições do exame sejam posicionados em uma mesma escala. Cada uma das quatro áreas do conhecimento avaliadas no Enem possui uma escala própria. Já a correção da prova de redação avalia cinco competências: domínio da norma padrão da língua escrita; compreensão da proposta de redação; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação; elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.
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