Justiça mantém condenação de candidato a prefeito de União
A Justiça de Alagoas negou recurso do ex-prefeito de União dos Palmares e candidato novamente ao cargo, Areski Damara de Omena Freitas Júnior, o Kil (PMDB), para suspender condenação contra ele por improbidade administrativa. Como a condenação foi mantida, ele perde os direitos políticos por cinco anos.
A condenação judicial de 2º grau foi feita quinta-feira (25) pela 3ª Câmara Cível e traz as mesmas penalidades que a de 1º grau. A informação foi confirmada pela assessoria do Tribunal de Justiça (TJ).
O G1 tentou contado com Kil, mas não conseguiu.
O político é candidato a prefeito de União nas eleições deste ano, mas agora está impedido de concorrer ao cargo. Segundo o 21º Cartório Eleitoral, não há tempo hábil para retirar o nome dele das urnas eletrônicas e, portanto, ele poderá receber votos. O cartório não soube informar quais medidas serão tomadas caso Kil seja eleito.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Alagoas, apenas a Justiça Eleitoral pode decretar a inelegibilidade de um candidato e, por conta disso, não vai se pronunciar sobre isso.
Na condenação, a Justiça ainda determinou o ressarcimento integral por parte de todos os condenados, incluindo a Distribuidora Laguna Ltda, pelo dano aos cofres públicos no valor de R$ 63.432,71.
A reportagem não conseguiu ter acesso ao processo e o Tribunal de Justiça de Alagoas não soube informar quais são as acusações contra Kil. O juiz Ygor Figueiredo, que deferiu a decisão em 1º grau, disse que trabalhou no processo há cerca de três anos e que não se recorda detalhadamente dele, uma vez que foram vários processos contra Kil pelo ato de improbidade.
A assessoria de comunicação do Ministério Público do Estado de Alagoas, órgão autor da ação, também não soube precisar quem é o promotor do caso. O desembargador relator do processo, Domingos de Araújo, não atendeu às ligações.
Kil disputa a cadeira de prefeito com Carlos Leão (PSOL) e Eduardo Pedroza (PMN), atual prefeito da cidade.