Polícia Federal investiga prefeito de Taquarana por supostos crimes eleitorais
Os trabalhos da Policia Federal iniciaram na manhã desta quarta-feira (28) no município de Taquarana. A Polícia Federal em Alagoas chegou ao município no intuito de desarticular uma associação criminosa e que estaria atuando no sentido de desestabilizar o processo eleitoral de outubro, para escolha de prefeito e vereadores.
As investigações focam na suposta prática dos crimes previstos no artigo 299 do Código Eleitoral (compra de votos) e 288 do Código Penal Brasileiro (associação criminosa), e partiram de denúncias que envolvem o candidato a reeleição Bastinho Anacleto (PP) e do candidato a vice, Davi Teófilo.
Através de denúncia, a Polícia Federal busca prova documental de suposta prática de crime de coação eleitoral exercida pelo candidato à reeleição e atual prefeito de Taquarana, Bastinho que vem sendo acusado de utilizar verbas públicas para consumar atos de abuso de poder econômico. O grupo também é acusado de arregimentar eleitores, sob pena de perder a função gratificada e mudança de lotação.
Se ficar comprovado a prática de crime eleitoral, os autores dos crimes poderão terem cassados seus registros de candidatura. “A campanha do prefeito foi ancorada em um arsenal de ilegalidades, ameaças, coerções e extorsões”, disse um funcionário público que preferiu manter sua identidade em sigilo.
A captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico, com utilização da máquina publica, são crimes eleitorais e comuns aos candidatos que disputam a reeleição, mas são punidos na forma da lei. Os candidatos também estão sendo investigados em Palmeira dos Indios, Estrela de Alagoas e Girau do Ponciano, segundo a Justiça Eleitoral.
Violência
Bastinho Anacleto é acusado de patrocinar a violência em Taquarana. Segundo relatos, pessoas que são ligadas ao candidato a reeleição, seguiram e atiraram em um veículo de um correligionário da oposição, assim também, como as lideranças do prefeito utilizando-se de carros estranhos, na suposta prática da compra de votos, sendo que tais situações motivaram o envio das tropas federais para Taquarana.
O filho do candidato da oposição flagrou com um aparelho de celular dezenas de motos e carros sendo abastecidos e adesivados, num posto de combustível pertencente ao prefeito.
Guilherme foi violentado verbalmente por um funcionário do posto, que também desempenha o papel de cabo eleitoral, identificado como nome Barbosa, sendo este sobrinho do prefeito. A vítima também providenciou à época o o registro de um Boletim de Ocorrência, na delegacia da vizinha cidade de Palmeira dos Índios.
No dia 13 de setembro, por volta das 21h, o vereador e candidato a reeleição, Felipe Ferreira dirigiu-se a promotoria eleitoral de Taquarana onde formalizou uma denúncia de que dois homens identificados como Naldo e Tiago, ambos filhos do também vereador Zé Veríssimo, exaltados, trancaram o veículo do vereador pela frente e por trás, abriram as portas de seu veículos, revistaram o veículo fazendo acusações graves de crime eleitoral.