Na prática, porém, essas mudanças não devem ter efeitos relevantes. Ao contrário da testemunha, o informante não presta compromisso de dizer a verdade e não pode ser processado por mentir. Dessa forma, do ponto de vista técnico, seu depoimento é considerado “menos qualificado”. Ainda assim, pode ser usado como prova, a depender da avaliação do juiz do caso.

No caso do impeachment, os próprios senadores são os juízes e é improvável que esse fator – ser testemunha ou ouvinte – influencie sues votos.A acusação chamou apenas dois depoentes, para agilizar o processo. Já a defesa havia convocado seis, o número máximo permitido. No entanto, a ex-secretária do Ministério do Planejamento Esther Dweck foi dispensada após senadores favoráveis ao impeachment questionarem o fato de ela ter sido nomeada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para trabalhar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.

As testemunhas e informantes de ambos os lados apresentaram argumentos técnicos a favor e contra a tese de que Dilma cometeu crime de responsabilidade na gestão das contas públicas.

Os depoentes da acusação acusaram a petista de “fraude fiscal”, enquanto as convocadas pela defesa disseram que as operações eram regulares e foram adotadas por presidentes anteriores a ela.