Olho Vivo: o Nhenhenhém de Luiz Lobo

Origem da palavra Nhenhenhém: Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

E como todo apressado que come cru, o idealista Luiz Lobo, ex-secretário municipal de Palmeira dos Índios, chora as pitangas por consequência da sua rejeição dentro do partido, cuja rejeição o conduziu para sua ‘soi-disant’ candidatura a prefeito da cidade.

Tal qual um proprietário de partido político, Luiz Lobo abriu um mega comitê pró sua candidatura, menosprezou os dirigentes do próprio partido, fez propaganda à vontade, e de repente tudo foi por água abaixo.

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Vencido na convenção do partido, depois de gastar rodos de dinheiro, Lobo completou por cerrar as portas do próprio comitê, e se vê “mais perdido do que cego em tiroteio”. No entanto, vive na época presente a agenciar confusões, dentre tantas, ter protocolado no Fórum Eleitoral de Palmeira dos Índios uma ação de notícia de inelegibilidade contra Júnior Miranda, presidente do PSL local. “Chose de loc”, Madalena!

Estranho à tribo Xukurus, o afoito ex-secretário, procedido não se sabe ao certo de onde, Lobo estava se achando o verdadeiro “rei da cocada preta”.

“Quando a família real chegou ao Brasil, eles experimentaram muitas das iguarias locais, e dentre elas, a cocada preta tornou-se um dos quitutes preferidos na corte e era bastante disputado, de forma que o rei tinha o direito de se servir primeiro da cocada preta, daí a expressão jocosa “rei da cocada preta”.

A expressão denota um indivíduo convencido e pretensioso, que se crê muito, e não é nada.

Deixa-me ir comer minha cocadinha…

Austrelino Bezerra

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