MPE ouve depoimentos sobre esquema milionário em Canapi

O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) ouviu, nesta quinta-feira (18), pessoas que tiveram seus nomes envolvidos no suposto esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Canapi, no Sertão alagoano. Até o início da tarde de hoje, foram prestados 11 termos de declaração e todos os depoentes negaram ter alugado veículos ao Município. Diligências realizadas pelo Ministério Público estimam um prejuízo, apenas num intervalo de 13 meses, entre janeiro de 2015 a fevereiro de 2016, de mais de R$ 10 milhões.

De acordo com o MPE, as 11 pessoas já tinham sido ouvidas em outras fases da investigação e todas elas aparecem em supostos contratos firmados com a Prefeitura de Canapi. Apesar de alguns desses documentos existirem de fato, segundo o MPE, todos têm indícios de serem falsos, haja vista que os contratados jamais foram donos dos caminhões que aparecem como se tivessem prestado serviço de abastecimento de água por meio de carros-pipas.

Depoentes negaram ser proprietários de equipamento que seriam alugados a prefeitura

“(…) Em depoimentos, todos eles negaram qualquer relação contratual com a Prefeitura e garantiram que jamais receberam os valores previstos nos contratos, o que confirma a tese do Ministério Público de que se tratam de vítimas do esquema montado pelo prefeito afastado Celso Luiz”, relatou o MPE. O vice-prefeito da cidade, Viera do Povão, será ouvido ainda nesta tarde.

No começo do mês, a Justiça determinou o afastamento do prefeito de Canapi, Celso Luiz, após operação deflagrada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e a Polícia Federal (PF) que o conduziram coercitivamente para a sede da PF para prestar depoimento.

Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o afastamento de prefeito. Ele pode ser chamado pelos promotores para prestar depoimento a qualquer momento.

 

 

MPE/AL

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