Viúvo de jovem pede justiça sobre morte da esposa em hospital de Palmeira dos Índios

cats

Após 30 dias do falecimento da jovem Taís Cardoso da Silva, de 17 anos, pouco, ou quase nada, foi feito pelo esclarecimento da causa do seu falecimento ocorrido no dia 11 de julho no Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios. A suspeita da equipe de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde é de que ela estava com dengue hemorrágica.

O viúvo, Charles Silva de Góes, continua inconsolado e ainda busca justiça. Ele fez o Boletim de Ocorrência, já que acredita que houve negligência dos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios e também do Hospital Santa Rita.

1

Um advogado indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção de Palmeira dos Índios está acompanhando o caso. A única informação que o viúvo tem é de que algumas pessoas envolvidas no caso já foram ouvidas pela Polícia Civil.

Há poucos dias, ele publicou na internet que “as circunstâncias conduzem ao entendimento de que os médicos, literalmente deixaram de prestar a adequada atenção à paciente. Assumindo, desta forma, o risco da ocorrência da morte da mesma que necessitava de atendimento imediato naquele instante. Os médicos que ali estavam (UPA e Hospital Regional Santa Rita) para atender à paciente tinham a incumbência legal de impedir que ela falecesse por falta de atendimento imediato e adequado”, argumentou.

E ele continuou a declaração afirmando que a Secretaria de Saúde do município está fechando um relatório, no qual afirma que a causa da morte foi dengue hemorrágica e sugere (não confirma) que a evolução se deu por conta do uso do anti-inflamatório Cetoprofeno antes que fosse realizado qualquer exame e o teste do laço, o que caracteriza erro médico.

Em entrevista exclusiva ao Portal Estadão Alagoas, Charles Silva, afirmou que não tem como desvincular as ações, os erros das equipes da UPA e da unidade hospitalar. “Se minha esposa estava com suspeita de dengue, eles não poderiam ter receitado anti-inflamatório para ela. Houve omissão, negligência. Fomos tratados como lixo. Quero punição pelo descaso total com a situação”, frisou.

Para ele, não existe reparação para uma situação como essa. “Todos estamos indignados e eu não sei como lidar com essa situação. Tudo é baseado em suspeitas. Tudo deixou várias impressões e interpretações. A justiça tem que agir nesse caso como rege a lei”, ponderou.

Desde o abrupto falecimento da jovem Taís Cardoso, as vidas do estudante de Letras que tem 34 anos e dos dois filhos do casal perderam os rumos. Ela deixou um filho de um ano e dez meses e outra de apenas dois meses. O mais velho está com uma tia e a bebê sob os cuidados da bisavó materna.

Além desses, Charles tem outros dois, um de 11 e outro de 9 anos, de outro relacionamento que estavam sob sua guarda e agora estão temporariamente com a avó materna. Ele trabalha nove horas por dia como conferente de produção numa fábrica em Palmeira dos Índios e faz a faculdade pela noite. “Vejo meus filhos todos os dias. Penso como será o futuro deles”, desabafou.

Charles Silva optou por voltar à casa da mãe, já que a lembrança da amada esposa ainda é muito forte. Tínhamos uma relação intensa e o sentimento só crescia a cada dia. Tudo foi arrancado e de uma forma covarde, cruel. Durmo à base de calmantes todos os dias. Só quero que a justiça seja feita”, disse.

Redação:

Carlos Alberto Jr.

Especial para Estadão Alagoas

5 comentários sobre “Viúvo de jovem pede justiça sobre morte da esposa em hospital de Palmeira dos Índios

  1. Eu trabalho com charles sei de perto oq ele estar passando.mais Deus e a justiça estar do nosso lado!!#queremos justiça!

  2. Esse é o retrato da.Saúde que o palmeirense tem acesso. Gostaram ? Votem nessa mulher que sabe destruir a saúde de Palmeira e matar o povo junto com o marido!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *