Cleiton Xavier espera dois ouros em Alagoas até final do ano
Não é somente na seleção brasileira masculina que o palmeirense Cleiton Xavier tem conhecidos olímpicos. Além de torcer por Gabriel Jesus, seu companheiro de clube, o meio-campista vem acompanhando da mesma forma os jogos da equipe feminina do Brasil, que é liderada por uma conterrânea e grande amiga sua, a também alagoana Marta. O Brasil encara a Austrália nesta sexta-feira, às 22h, no Mineirão, por um lugar na semifinal da Olimpíada do Rio.
Nascido em 1983 na pequena São José da Tapera (AL), o ex-jogador do CSA viveu parte da sua infância a pouco menos de 50 quilômetros de distância da ainda menor Dois Riachos, cidade daquela que viria a se tornar a melhor jogadora do mundo por quatro anos consecutivos (2006, 2007, 2008 e 2009).
– Não tínhamos amizade, mas depois nos conhecemos melhor. Tenho um carinho muito grande por ela, é uma grande amiga, e a gente sempre troca mensagens. Quando organizo um jogo beneficente, ela participa. Quando ela faz na cidade dela, eu participo. Como temos vários amigos em comum, acaba que todo fim de ano a gente se encontra – conta o meia, três anos mais velho do que a atacante do Rosengard, da Suécia, a quem não se arrisca a comparar.
– A Marta é um pouco mais de ir para dentro, de drible, de velocidade. Talvez eu seja um pouco mais técnico. São funções diferentes, mas que admiro muito. No futebol feminino, nunca vi alguém jogar como ela. Às vezes, o pessoal comenta que não a conhece, mas eu digo que ela jogaria facilmente no meio dos homens. Talvez não tivesse a mesma força, mas habilidade e futebol ela tem de sobra – elogia o amigo.
Antes de mostrarem seus estilos nos tradicionais encontros de fim de ano, Marta e ele lutam por conquistas inéditas na carreira. Camisa 10 do Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro, Cleiton Xavier nunca venceu a competição. Já sua conterrânea segue buscando o ouro na Olimpíada. Para isso, depois de uma boa primeira fase, o Brasil precisa passar pela Austrália, nas quartas de final (às 22 horas desta sexta-feira, em Belo Horizonte), e seguir adiante.
– As meninas estão muito bem, estão dando show. Apesar de a Marta ter jogado só um tempo no último jogo, você vê que todas as meninas estão com muita vontade, querem ganhar – comentou o palmeirense, na torcida para que tanto ele quanto Marta possam levar medalhas de ouro para Alagoas em dezembro.
– Vou torcer para que ela vença esse ouro tão esperado pelo Brasil no futebol feminino. E que eu também possa ser campeão para, em dezembro, a gente comemorar junto – disse, sorrindo, às vésperas do início do segundo turno do Campeonato Brasileiro.
Neste domingo, dois dias depois das quartas de final do torneio feminino, o Palmeiras vai a Curitiba para enfrentar o Atlético-PR do jovem volante Otávio, alagoano de Maceió que, curiosamente, também é figura constante nas peladas de fim de ano de Cleiton Xavier e Marta.
Globo Esporte