Brasil atropela a Argentina e segue soberano no Rio

2016-08-09t020248z_1562692759_rioec8905omyi_rtrmadp_3_olympics-rio-volleyball-wSheilla sobe à rede, solta o braço e lamenta já na descida, ao ver a bola parar fora dos limites da quadra. Levanta, balança a cabeça, acerta o short e se prepara. No lance seguinte, ainda no primeiro set, ela repete os mesmos passos, mas de forma certeira. Bicampeã olímpica, Sheilla não é de aceitar muito bem o erro, mesmo quando eles não fazem muita diferença na conta final. Nesta segunda-feira, contra a Argentina, porém, pouco errou. Pelo contrário: guiou o Brasil a uma vitória rápida no Maracanãzinho, em sua segunda partida nos Jogos do Rio. Triunfo em 3 sets a 0, parciais 25/16, 25/19 e 25/11, em apenas 1h09. Como de costume, Sheilla foi rápida, forte e precisa.

A oposta deixou a quadra com 14 pontos. Foi a maior pontuadora da partida, mas também brilhou na defesa. Após largadinha rival, no terceiro set, jogou-se ao chão e salvou o ponto, conquistado pelo Brasil na sequência, após erro das hermanas. Natália, com 10 pontos, e Juciely, com 9, foram os outros destaques brasileiros.

No  fim da partida, o gesto da estreia foi repetido. Em festa com a torcida, as meninas da seleção fizeram um trenzinho, cumprimentando o público e celebrando o resultado com o público do Maracanãzinho. Sem perder sets, o Brasil chega à segunda vitória pelo grupo A da competição. A seleção volta à quadra na próxima quarta-feira, às 22h35m, contra o Japão.

O JOGO

O caminho se indicava tranquilo. Sheilla fez o primeiro, Natália marcou o segundo. Mas a Argentina, em sua primeira Olimpíada, não queria se entregar assim, tão facilmente. Quando Sosa, central que atuava no Rio do Sul e assinou com o Pinheiros para a próxima temporada, foi para o saque, a coisa chegou a se complicar. As hermanas passaram à frente (5 a 4), mas o sufoco foi passageiro. No ataque de Juciely, 11 a 7 para as donas da casa.

Dani Lins foi para o saque e marcou dois aces em sequência. As argentinas se esforçavam. Fosse para esquerda, direita, centro ou seja lá para onde, tinha uma hermana se jogando como se não houvesse amanhã. Quando conseguiam mandar de volta para o outro lado, porém, aparecia uma Sheilla pelo meio para cravar na quadra rival. O Brasil também tinha Natália. Duas vezes seguidas, a ponteira mandou a bola ao chão argentino e fechou a conta: 25/16.

Novo set, então lá foram elas de novo. Como no início da primeira parcial, a Argentina lutava. Em um primeiro momento, se manteve grudada ao Brasil no placar. As hermanas até mostravam suas qualidades, mas parecia pouco diante de um rival mais consistente e talentoso. Quando Castiglione atacou para fora, o Brasil já tinha 10/7 no placar.

Era um clássico, mas apenas por pura formalidade. Rispidez? Somente nas vaias da torcida brasileira contra as rivais. Sheilla, em uma pancada na saída da rede, acertou o rosto da líbero Rizzo. Um pedido de desculpas, um aceno do outro lado e tudo bem, sem problemas. O fôlego argentino, mais uma vez, acabou rápido. Em novo golpe de Sheilla, a bola caminhou pela fita da rede e caiu do outro lado, fechando a parcial: 25/19.

No terceiro set, um roteiro ainda mais simples. As argentinas, dessa vez, facilitaram. Passaram a cometer erros bobos, abrindo o caminho para a vitória brasileira. Zé, então, voltou a fazer testes. Mandou Jaqueline, Gabi, Fabíola e Adenízia para a quadra. O triunfo veio de forma rápida: 25/11, depois de ponto de Gabi.

Pontuação das jogadoras brasileiras: Sheilla (14), Natalia (10), Juciely (9), Fabiana (7), Fernanda Garay (7), Gabi (4), Dani Lins (3), Jaqueline (2) e Fabíola (1)

Confira outros resultados do dia:

China 3 x 0 Itália (25/21, 25/21 e 25/16) – Grupo B
Japão 3 x 0 Camarões (25/20, 25/15 e 25/17) – Grupo A
EUA 3 x 2 Holanda (18/25, 25/18, 21/25, 25/20) – Grupo B
Sérvia 3 x 0 Porto Rico (29/27, 25/18 e 25/20) – Grupo B
Rússia 3 x 1 Coreia do Sul (25/23, 23/25, 25/23, 25/15) – Grupo A

G1

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