Polícia apresenta acusados de assalto a bancos em municípios de Alagoas
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) apresentou, em coletiva na manhã desta terça-feira (12), quatro suspeitos de assalto a agências bancárias no interior do estado. O bando foi preso nesse fim de semana, após a polícia descobrir que mais um banco seria roubado, provavelmente na cidade Monteirópolis.
Segundo informações do delegado Vinícius Ferrari, da Secção de Antissequestro da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), os presos Antônio Semeão, Dayane Semeão e Paulo Vitor Semeão, que são irmãos, além de David Belizario, seriam os responsáveis por assaltos nas cidades de Monteirópolis, Jacaré dos Homens e Pão de Açúcar.
Além de roubo à agência, o delegado informou que Paulo Vitor já havia assaltado uma pizzaria, levando celulares e dinheiro de clientes. Ele foi visto pela polícia em um Uno Vivace branco e na Pajero, no município de Pão de Açúcar.
Quanto à função de Dayane no grupo, ela era responsável por manter Vitor em um imóvel usado como esconderijo, para onde levava comida, roupas e outros utensílios. Tanto Vitor quanto Antônio já tinham sido presos com explosivos e armas. Todos já tinham passado pela polícia, com exceção de David.
Artefatos
Vinicius não disse onde a quadrilha conseguiu os explosivos, para não atrapalhar as investigações, mas é provável que a pessoa responsável por levar os artefatos até a quadrilha também esteja envolvida nos assaltos. As agências bancárias, segundo ele, não informaram o montante levado nos crimes. Apesar das operações realizadas, nenhuma quantia foi recuperada pela polícia.
Conforme explicou o delegado, nenhum membro do bando é considerado o líder. Todos são membros comuns e Paulo Vitor é ligado a um preso em Sergipe, identificado como Moisés, vulgo Coroa, também responsável por roubo a bancos nesse estado.
“Na maioria dos casos, os assaltantes não têm conhecimento da planta do banco. No vídeo que divulgamos, eles procuram muito antes de encontrar o cofre, derrubam várias portas. Em oitenta por cento das explosões, nada foi levado, porque os bandidos não têm conhecimento de onde está o dinheiro. O que eles têm é coragem e explosivos. E isso não é só aqui. Essas estáticas são nacionais”, comentou Ferrari, acrescentando não ter como afirmar a participação ou não de funcionários e nem a possível ligação dos crimes com o período eleitoral.
Os mandados de prisão foram expedidos pela juíza plantonista do final de semana, Maria Verônica. Na visão do secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, as prisões só têm sido possível devido à integração das polícias de Alagoas e de outros estados. As investigações são conduzidas pelas polícias de Alagoas, Pernambuco e Bahia.
“Não é fácil pegar essas quadrilhas, pois elas não têm uma área específica de atuação, estão sempre mudando de estado. Mas essa operação já teve seis presos, sendo dois na semana passada, graças ao trabalho em conjunto em Alagoas e com os estados vizinhos, que estão no encalço para impedir esses crimes”.
Em entrevista ao portal Gazetaweb, os presos negaram participação nas explosões. “Não participei de nada. Conheço os irmãos porque a cidade é pequena e a gente conhece todo mundo. No dia em que a agência foi roubada, eu fui assaltado. Então quer dizer que eu sou assaltado e estou aqui? Não estou entendendo isso”, disse o acusado David Belizario.
*Com Gazeta Web