Homem é flagrado abatendo cavalo para consumo em Palmeira dos Índios; Entenda porque é crime!

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Uma guarnição do Grupamento de Palmeira dos Índios, prendeu Jânio Tavares de Araújo Filho, de 25 anos, na noite desta segunda-feira (11), por desferir várias cutiladas de faca peixeira em um cavalo na Rua da Fraternidade no Bairro São Francisco nas proximidades do SESC Ler.

A viatura do 10ª BPM foi acionada por populares e constatou a denúncia, quando localizou o cavalo todo retalhado em uma área de um terreno baldio.

A ação conjunta com a vigilância sanitária, apreendeu e inutilizou cerca de 106 kg carne de cavalo imprópria para consumo humano.

O autor do fato relatou que tinha comprado o animal com a intenção de matar e consumir a carne.

Jânio Tavares foi conduzido a 5ª DRP  e enquadrado no ART. 32 DA LEI 9.605/98, por prática do ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.  Jânio responderá a processo por maus tratos contra  animal com pena de detenção que pode variar de três meses a um ano, e multa. Após lavrado TCO, o suspeito foi liberado.

Crédito: Vigilância Sanitária
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Crédito: Vigilância Sanitária
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Crédito: Vigilância Sanitária
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Crédito: Vigilância Sanitária

Cultura

No Brasil, come-se boi, galinha, ovelha, porco, lebre, capivara, perdiz, preá e até ratão do banhado, mas não se come cavalo.

A carne de cavalo tem gosto ruim ou faz mal ao ser humano? A resposta é não às duas perguntas. A carne de cavalo é mais escura e mais magra do que a carne de boi. Quem comeu cita um “fundo” de nozes, prestando-se, inclusive, para ser comida crua ou mal passada. Então, por que, no Brasil, assim como nos EUA, a carne de cavalo não está presente à mesa, se a questão não é nem de saúde nem de paladar?

Segundo a antropologia, por uma questão eminentemente cultural: os ocidentais não comem as carnes daqueles animais aos quais dá nome e trata como se fossem da família. Por isso, não se come carne de cavalo, cachorro ou gato. De certa forma, cavalo é um animal de estimação. Só não dorme dentro de casa por razões óbvias.

O cavalo pode estar fora do prato do brasileiro, mas nem por isso está seguro por aqui. O país tem uma longa tradição de produzir carne de cavalo para exportação, embora a indústria tenha diminuído fortemente nas últimas décadas: entre 1960 e meados da década de 70, a produção por vezes ultrapassava mais de meio milhão de animais mortos; em 2012, foram menos de 180 mil.

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de cavalo para a União Europeia – seus maiores clientes são Itália e Bélgica, que também reimportam o produto para outros lugares. Em 2010, o grupo belga de direitos dos animais Gaia fez uma campanha para denunciar o sofrimento de cavalos de produção no Brasil e no México, o que teria afetado a compra da produção desses países por parte da Bélgica.

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