Desembargador é investigado pelo envolvimento em três assassinatos

2

O Fantástico da Rede Globo veiculou matéria neste domingo (10), em relação ao desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, o juiz com o maior número de processos no Conselho Nacional de Justiça.

São seis ações contra ele no órgão que julga as infrações dos juízes. Uma delas por envolvimento em três assassinatos. Em escutas telefônicas feitas com autorização da justiça e a que o Fantástico teve acesso, com exclusividade, o desembargador aparece tratando com outras autoridades estratégias para dificultar que as ações contra ele fossem a julgamento no CNJ.

Washington Luiz Damasceno Freitas está sendo investigado em seis processos no Conselho Nacional de Justiça, um deles por envolvimento com três assassinatos”.

O desembargador que já foi vereador, secretário de estado e deputado estadual é acusado de uso de influência política para exercer seu poder e o medo sobre os inimigos. Segundo a reportagem, a acusação mais emblemática é a de que teria ordenado a execução do juiz Marcelo Tadeu Ramos de Oliveira, que narra em primeira pessoa o atentado que teria sofrido, mas que culminou com a morte de um advogado por engano.

Um dos processos que o desembargador Washington Luiz está respondendo no CNJ, razão porque os conselheiros decidiram por seu afastamento das funções, se refere à“máfia das merendas”.  A reportagem do Fantástico teve acesso a escutas telefônicas feitas pela polícia federal com autorização da justiça, onde o magistrado conversa com autoridade do Poder Judiciário alagoano para que tentem atrasar/atrapalhar o julgamento.

O relatório da PF aponta o juiz Orlando Rocha Filho como a pessoa designada para buscar informações e ajuda junto ao CNJ, em Brasília. O juiz negou as acusações por meio de nota. Noutra conversa gravada, o desembargador falou com a juíza Fátima Pirauá, presidente a Associação Alagoana de Magistrados, para a PF eles estariam querendo garantir os votos favoráveis ao desembargador ou que o pedido de vistas do processo fosse outra estratégia para adiar o julgamento do processo. Pirauá negou envolvimento.

“Como é que eu posso agir dessa forma? Eu sou presidente de um tribunal, talvez, do menor estado. Eu interceder? Não tenho essa força”, negou o desembargador Washington Luiz.

O desembargador é suspeito de usar o cargo para proteger a filha Melina Freitas, que foi prefeita de Piranhas e responde a 400 processos, além do genro e do irmão.

Afastamento

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, de suas funções. Ele responde por pelo menos três processos que apuram denúncias.

Com a decisão, tomada por maioria dos votos durante sessão realizada dia 28 de junho, ele fica afastado da função da presidência do TJ.

Conselheiros do CNJ virão ao estado para o recolhimento de provas.

 

*Com agências

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *