Olho vivo: ‘Mais fraco que o café de Macaíba’

Não foi por falta de ‘Quadrilhas’ que o São João de nossa terra se decompôs num olímpico fracasso, acompanhando a maratona dos papelões promovidos pela administração municipal. Assim sendo, por mais uma obra fracassada dos ômes poderosos, podemos afirmar que o São João de Palmeira dos Índios ‘foi mais fraco do que o café de Macaíba’. – “Macaíba era um sujeito pardo, usava um bigode espesso e que gostava de passar os dias jogando damas (tabuleiro) no passeio público do seu “hotel”, situado à época na Praça da Independência. Eram famosos os jogos de damas na calçada do hotel do Macaíba.

Pois bem… Era no “restaurante” do Macaíba que a matutada dos sítios, nos dias de feira, tomava café e almoçava. Por despreparo ou por economia, o café (líquido) servido no estabelecimento era muito fraco, quase incolor e sem gosto. Todo mundo reclamava e Macaíba não dava a mínima…

Como o povo não perdoa, a população começou a usar o “café do Macaíba” como “Parâmetro de Controle de Qualidade”. Assim, durante anos a fio, em Palmeira dos Índios, quando alguém queria demonstrar que algo era muito ruim, péssimos ou de qualidade inferior, simplesmente dizia:

– Isso é mais fraco do que o café do Macaíba!” – (blog terradosxucurus)

Se não houvesse a má vontade pública, agregada às bufas uniões politiqueiras, ah como seria tudo atraente! –  No entanto, pela falta do real, podemos sintetizar a nossa folia junina de maneira diferenciada; Um festival de Quadrilhas apropriado para sobrepujar, até mesmo, a mais aparelhada corja já composta pelos salteadores da Lava Jato.

Nada nos custa sonhar com uma grande farra de cretinos. Imaginemos que com típicos trajes elaborados verdadeiramente na “aldeia do atual gestor”, para abrir o grande festival, uma das primeira a ser chamada seria a Quadrilha Máfia da Merenda, seguida da Máfia das Ambulâncias. Temos isso, sim senhor. E cientifiquem-se de que não iremos silenciar a esta verdade. Dê-nos tempo para apurar, oh Senhor!

BALANCÊ (balancer) – Balançar o corpo, inclusive o traseiro, no ritmo da música, marcando o passo, sem sair do lugar, igualzinho ao progresso da saúde, educação, e segurança da cidade.

É usado como um grito de incentivo à corrupção, e é repetido quase todas as vezes que termina uma fraude. Quando um comando é dado só para os abrutalhados, as catedráticas permanecem no BALANCÊ. E vice-versa.

ANAVAN (en avant) – Avante, caminhar balançando o traseiro, como se estivessem em busca de votos lá pelas bandas de Palmeira de Fora.

RETURNÊ (returner) – Voltar aos seus lugares, que a polícia vem aí.

TUR (tour) – Dar uma volta: Com a mão direita, o cavalheiro abraça a cintura da dama. Com a esquerda, tenta roubar alguma coisa da bolsa dela.

DESPEDIDA

De um ponto escolhido da roda, os pares se formam novamente. Em fila, saem no GALOPE, em direção à saída, obviamente fugindo da polícia, permanecendo no salão somente os melhores advogados, preparando os habeas corpus para evitar a prisão da turma da malandragem.

E carimbando ainda mais o certificado de melhores do que as Quadrilhas da Lava a Jato, dentro desta imoral fantasia, um dos diferenciais estaria na substituição da figura do ‘Japonês da Federal’, por algum agente abundantemente eficaz que tenha feito parte da ‘Operação Carranca’, ou da ‘Sanguessuga’. Esta última, bastante conhecida não só pelo tempo (2006), mas como pelo traçado geográfico percorrido, tendo nascida no Mato Grosso, passeado por Alagoas, e findou por ter sido camuflada no Recife.

Organizada por quem pensa nos mínimos detalhes, a abundante merenda composta por canjica, pamonhas, milho verde e muito quentão, seria fornecida pela B & M, e com a garantia de preços baixos. Ressaltando que a sede da empresa tem apenas a logomarca estampada em sua fachada, aonde é servida uma deliciosa laranjada. E, como vale brinde, quadrilheiros e bandoleiras teriam o direito à cura da ressaca na Unidade Básica de Saúde do bairro Juca Sampaio, ou a um caldo verde, tomado ao final da ‘juerga’ num dos belos quiosques no interior do nosso Polo Industrial, ou quem sabe, à beira de uma piscina localizada nos fundos de alguma chácara, em bairros nobres da cidade.

Olha a Polícia!

Fui, bandidos!

Austrelino Bezerra

2 comentários sobre “Olho vivo: ‘Mais fraco que o café de Macaíba’

  1. Agradeço a referência feita ao meu modesto blog, lamentando, como palmeirense, mesmo distante, que as últimas administrações estão deixando a nossa querida Palmeira “mais fraca do que o café do Macaíba”!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *