Vice-prefeito da Barra de Santo Antônio não gostou de ser afastado pelo presidente do TJ/Al

1Em entrevista concedida na manhã na sexta feira( 24), ao jornalista Carlos Bina na Rádio Farol FM, o vice-prefeito da Barra de Santo Antônio, Carlos Alexandre disse que a decisão monocrática do desembargador Washington Luiz, que o afastou da prefeitura do município, foi política e que não teve fundamentação jurídica nenhuma.

Carlos Alexandre, que estava no comando do município desde 6 de abril, após o afastamento do prefeito Rogério Farias, explicou que o Plantão Judiciário só deve analisar matérias de urgência urgentíssima e que os dois pedidos de suspensão de liminar estavam tramitando no Tribunal de Justiça há mais de 50 dias. “O próprio presidente do Tribunal de Justiça tinha dado um despacho nestes dois pedidos dizendo que não eram matérias para o plantão, que deveriam ser apreciados em dia útil forense. Pois foi esse mesmo presidente que, após mais de 50 dias de tramitação desse processo e num plantão judiciário de domingo, decidiu acatá-los, contrariando aquilo que ele mesmo tinha dito nos autos”, analisou Carlos Alexandre, que informou ainda que este mesmo desembargador afastou o juiz substituto da Comarca de Paripueira, John Silas, sem nenhuma comunicação ao magistrado.

Ele ,disse ainda, que já ter se esgotado o ciclo de Rogério Farias na Barra, o entrevistado disse que quando assumiu encontrou uma folha de pagamento de pessoal em atraso cujo valor líquido era de R$ 4,88 milhões, e que estes recursos tinham sido desviados para a construção da pousada do prefeito. Ao revelar que pagou os meses de abril e maio em dia, Carlos Alexandre informou que vinha economizando e que deixou em caixa, na Prefeitura, algo em torno de R$ 1,5 milhões e que esses recursos seriam utilizados para iniciar o pagamento dos salários atrasados, como já havia anunciado.

Lembrou ainda que o prefeito Rogério Farias deixou um rombo de R$ 7 milhões na previdência municipal. “Quando assumi o Barraprev deveria ter R$ 15 milhões aplicados, encontrei exatamente R$ 1.249,00”, denunciou.

Sobre os empréstimos consignados concedidos aos servidores, Carlos Alexandre revelou que foram descontados R$ 3 milhões, mas esses recursos deixaram de ser repassados ao banco desde meados de 2014. Demonstrando revolta, o vice prefeito da Barra, denunciou que a Caixa tinha disponibilizado R$ 360 mil para pavimentação das ruas e que a prefeitura não utilizou estes recursos para resolver problemas prioritários. “A Barra precisa muito de calçamento, a exemplo do bairro Nossa Senhora de Lourdes, que tem ruas intransitáveis. Pois bem: o senhor Rogério Farias conseguiu com a Câmara que esse dinheiro fosse gasto no calçamento do acesso a sua pousada”, revelou. Para concluir, Carlos Alexandre disse recuperou praticamente todos os serviços públicos da Barra de Santo Antônio e explicou que isso se deve a decisão de administrar a cidade com seriedade, honestidade e transparência. “Acho que a população deve analisar e fazer a diferenciação entre quem tem compromisso com o povo da Barra e quem está lá usurpando o dinheiro público, tirando pão dos servidores e desviando dinheiro em benefício próprio”, finalizou.

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