Perícia encontra falhas nos freios do ônibus que tombou na Mogi-Bertioga
Saiu nesta sexta-feira (24) a conclusão do laudo pericial sobre o acidente ocorrido na rodovia Mogi-Bertioga, no dia 8, que deixou 18 mortos. Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, o laudo indica que o veículo trafegava em uma velocidade acima da máxima permitida na via, que é de 60 km/h, e o ônibus apresentava problemas para frear por causa do desgaste excessivo dos tambores dos freios dianteiros.
Veja as conclusões do laudo pericial:
– Desgaste dos tambores dos freios dianteiros
– Problemas de manutenção do veículo
– Ônibus estava acima da velocidade máxima permitida no momento do acidente
Os problemas com a manutenção do ônibus foram decisivos para o acidente, segundo o relatório. “A conclusão do perito é que houve falha no freio do veículo e o excesso de velocidade provavelmente é em face disso”, disse o secretário. “Alguém deve ser responsável pela manutenção, é com certeza não era o motorista que estava dirigindo.”
Uma análise preliminar realizada na terça-feira (14) no ônibus envolvido no acidente que matou 18 pessoas na rodovia Mogi-Bertiogaapontaram que o veículo não contou com o sistema de freios no momento da colisão. Partes do equipamento de frenagem foram retiradas pela Polícia Científica e levadas ao Instituto de Criminalística de São Paulo, na capital, que usou até um super microscópiopara fazer a análise dos freios.
Alguns dos estudantes afirmaram em depoimento que o ônibus estava fora de controle momentos antes do veículo tombar no km 84 da rodovia.
O acidente ocorreu por volta das 23h da última quarta-feira (8), no km 84 da rodovia Mogi-Bertiogax, no litoral de São Paulo.
Um ônibus que levava universitários de Mogi das Cruzesx para São Sebastião perdeu o controle após uma curva, atravessou a pista, capotou e caiu em um barranco. O veículo levava 46 pessoas, sendo que 18 morreram e outras ficaram feridas.
Em nota, a empresa União Litoral diz que ainda não foi notificada oficialmente, portanto não têm conhecimento do tipo de falha apontada para se posicionar com mais detalhes. No entanto, a União Litoral garantiu que assim que receber o laudo oficial vai tomar as providências cabíveis.
O motorista de um carro atingido durante o acidente afirma que o condutor do coletivo que levava os estudantes estaria em alta velocidade e que o mesmo fazia uma ultrapassagem quando o ônibus tombou.
Em contrapartida, uma estudante que criou um abaixo-assinado contra o motorista, que morreu no acidente, diz que ele dirigia em uma velocidade normal quando perdeu o controle e capotou o veículo.
O ônibus estava com vistoria da ANTT em plena validade, vistorias da EMTU e ARTESP em dia, além de ter passado por manutenção preventiva há 15 dias e, semanalmente, pela manutenção corretiva, estando apto para realizar o transporte, questões já confirmadas pela polícia e órgãos competentes.
G1