Olho vivo: ‘A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação’

Evidentemente que não estamos generalizando os nossos argumentos. No entanto, convenhamos que no Brasil, e onde se inclui o nosso município, muitos profissionais da classe médica deixam a desejar, e muito, no ponto afável quando do atendimento ao doente.

Todos sabem que a relação médico paciente é uma propriedade essencial para que o check-up e a o bem-estar sejam feitos com mais precisão. Um paciente introvertido ou com medo do clínico, pode saltar queixas referentes à sua patologia, o que notadamente influencia na hipótese diagnóstica. Por outro lado, um médico bruto, além de amedrontar ao doente, foge inteiramente da ética profissional, e passa a ser visto no meio social como alguém de conduta animalesca, intolerável dentro de uma das profissões mais apreciadas pela humanidade.

Palmeira dos Índios sempre foi uma cidade distinguida por dispor de extraordinários profissionais de medicina, sobretudo por parte daqueles que são legitimamente palmeirenses. Que também fique explícito, que não temos por que ser antagônicos aos que de outras comarcas aqui aportam. No entanto, exigimos que nos tratem com o respeito ao qual fazemos jus.

Na verdade, por tantas queixas/denúncias que o Estadão Alagoas tem recebido com relação ao atendimento médico em nossa cidade, onde se inclui partes isoladas de profissionais que atendem no Hospital Santa Rita, manifestamos a nossa decepção, ao observarmos a um dos mais antigos juramentos que se tem ciência; É um juramento majestoso realizado pelos médicos, de acordo com a tradição, no momento de sua formação, no qual afiançam cometer a medicina honestamente.

“De forma geral, acredita-se que o juramento tenha sido escrito por Hipócrates — largamente acatado como o pai da medicina ocidental — ou por um dos seus alunos. O juramento original foi escrito em grego jónico (século V a.C.). Existem duas versões do Juramento de Hipócrates: a original, escrita em Lausana em 1771, e uma outra, ratificada em 1948 pela Declaração de Genebra e posteriormente atualizada em 1968 e 1983, a qual vem sendo utilizada em vários países por se mostrar social e cientificamente mais próxima da atual realidade.

Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade. Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação. Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão meus irmãos. Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes. Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.”

Infelizmente, o cotidiano nos comprova pouquíssimo, ou o quase nada de tudo que foi declarado, nos induzindo a uma conclusão de que realmente, somos todos hipócritas.

Fui!

Austrelino Bezerra

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