Padre surfista de Alagoas comemora 25 anos de sacerdócio

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No dia 20 deste mês, as famílias Guimarães Braga Costa estarão comemorando na Igreja São Pedro, às 19 horas com a missa em Ação de Graças os 25 anos de sacerdócio(Bodas de Prata) do padre alagoano Glênio Guimarães que virou celebridade nas ondas das praias de Cabedelo(João Pessoa) e de Fernando Noronha por ser um padre surfista.

Ele foi destaque em reportagens na revista Isto É e teve momento de fama no Jornal Nacional. Após a missa, numa recepção no salão em anexo, padre Glênio irá agradecer a todos com um abraço fraterno. Ele é filho do médico sanitarista falecido Arnaldo Braga, de família tradicional de Penedo e a sua mãe dona Lêda Guimarães de outra familia tradicional de Maceió.

Apaixonados pelo esporte náutico em Alagoas, onde sempre residiram, nas proximidades do Iate Clube Pajuçara, já tiveram campeões no Velejar dos barcos, no basquete e voleibol. Padre Glênio passou dois anos como capelão da Unimed e do Carmelo, e se dedicava também as pessoas que vivem” nas ruas de João Pessoa. Ele confessa que “tenho procurado ser um pequeno sinal de Misericordia de Deus.”

Padre Glênio celebridade

O padre Glênio Guimarães Braga Costa virou celebridade em dezembro de 2011, conquistando espaço no Jornal Nacional da TV Globo, por ser surfista. Glênio deixou Paróquia Sagrada Família, em Bayeux para ser o novo administrador paroquial na Ilha em Pernambuco. A informação foi divulgada com exclusividade no *Portal Bayeux em Foco*.

Em Bayeux, o sacerdote conquistou o carinho e admiração de todos os fiéis pelo seu excelente trabalho à frente da paróquia Sagrada Família instalada em 2007 e que tem como Matriz a igreja de São Pedro, no bairro do Jardim Aeroporto. O padre é alagoano de Penedo, criado na infância na praia de Pajuçara e de uma familia tradicional de velejadores em Alagoas. Ele sempre gostou do rio e do mar. O amor pelo rio, nasceu em Penedo banhado pelo Rio São Francisco e o mar, porque foi criado perto do Iate Clube Pajuçara.

Histórico

Ele foi ordenado em 1 de junho de 1991. Foi sarcedote que passou por São Paulo, a cidade paraibana de Cabedelo e pediu transferência para a ilha de Fernando Noronha. O religioso é filho do médico sanitarista,já falecido, doutor Arnaldo Braga com uma penedense dona Lêda, tem ainda mais dois irmãos ( o corretor de imoveis Adelmo Braga, cujo nome é uma homenagem da familia ao Dom Adelmo Machado, Arcebispo de Maceió na decáda de 60 e o jornalista André Braga, que é assessor de comunicação e radialista do superintendente da Sebrae-Al).

Antes de se transferir para Fernando Noronha, ele fez sucesso surfando na praia de Cabedelo, na Paraiba.  O arcepispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, esteve na ilha onde deu posse ao padre Glênio Guimarães Braga Costa, que acaba de deixar a Diocese da Paraíba.

A cerimônia oficial se realizou na igreja Nossa Senhora dos Remédios, que foi fundada em 1770, e foi presidida pelo bispo , com a participação de três padres. De acordo com a Arquidiocese de Pernambuco, o arquipélago faz parte da Paróquia São Pedro Gonçalves, cuja igreja matriz é a Madre de Deus, localizada no Recife Antigo.

Após a posse, o padre Glênio, que além de teólogo e filósofo, também é dentista, e garante que uma das primeiras ações como vigário será a descentralização dos atendimentos na ilha. – Hoje as atividades da igreja católica em Noronha estão concentradas na igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Mas, nós temos outras duas igrejas, de São Pedro e de Nossa Senhora das Graças, além de outros 10 vilarejos sem igrejas. A idéia é realizar os atendimentos nas três igrejas e na casa de fiéis – prevê.

Ainda de acordo com a Arquidiocese de Pernambuco, há 50 anos um padre não residia no arquipélago. Contudo, vários padres prestaram assistência ao longo destas cinco décadas aos fiéis da ilha. Principal templo católico de Fernando de Noronha, a igreja de Nossa Senhora dos Remédios teve a construção iniciada em 1737 e foi finalizada depois de 35 anos. Em 1981, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

 

Fernando de Noronha

O Arquipélago de Fernando de Noronha é conhecido pelas belas praias que são convidativas à prática do surfe. E nos últimos meses, este esporte ganhou um adepto bem diferente. Ondas para todos os gostos. Por isso, a ilha é conhecida como o Havaí brasileiro. Surfar faz parte da rotina. Glênio se mudou para Noronha há 6 meses por motivos profissionais e se rendeu ao esporte. Se não fosse por um detalhe, seria uma história comum, parecida com a de vários moradores da ilha. Mas quem estiver em Fernando de Noronha e vier ao Morro de São Pedro curtir o pôr-do-sol pode ter uma surpresa e encontrar o surfista iniciante vestido de túnica e estola.

Glênio é o padre Glênio. 20 anos de sacerdócio. Até a chegada dele a Noronha, quando havia uma cerimônia religiosa na ilha, vinha um padre do Recife, cidade a 540 km de distância. Ele é o primeiro padre a morar na ilha nos últimos 50 anos. O único a surfar. “Agora que eu estou sabendo que ele é surfista. Acabei de saber, porque você me disse. Eu não sabia não”, diz o pescador e surfista Roberto de Moraes. “Dou aula desde 98. Já dei aula pra muita gente, mas pra padre não”, conta o instrutor Pedro Muller. “Estou aprendendo, tive poucas aulas, mas é um desafio. Eu gosto de desafios. Na gíria dos jovens e dos surfistas, é entrar na onda deles”, conta o padre. Ainda falta habilidade, e um pouquinho de equilíbrio também. Por enquanto, o melhor registro é uma fotografia, exibida com orgulho. “Aqui tem muitos surfistas mesmo. Então é uma forma de eu me aproximar deles e eu estou descobrindo um esporte saudável, maravilhoso, divertido”, conta o padre Glênio. Agora, quem precisar encontrar o padre de Fernando de Noronha, já sabe onde procurar: de manhã cedo, em uma das 16 praias da ilha. Ou às seis da tarde, no Forte de São Pedro, em uma missa ao pôr-do-sol.

 

Por Bernardino Souto Maior

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