Policiais civis decidem liberar entrada de caminhões no Porto de Maceió

Policiais Civis que estão ocupando a entrada do Porto de Maceió há três dias, decidiram, nesta sexta-feira (29), permanecer no local, só que agora liberando a entrada de caminhões de combustíveis.

A categoria paralisou as atividades no último dia 18 de abril, e as negociações com o governo do estado ainda não avançaram.

A decisão por permitir a entrada de caminhões foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL). Uma enorme fila de veículos havia se formado em frente ao porto. Os caminhoneiros reclamavam na impossibilidade de honrar com compromissos assumidos.

Além disso, a categoria também autorizou o sindicato a negociar uma contraproposta de piso salarial de R$ 5.500, na reunião que será realizada na tarde desta sexta, com o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, e o de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, na Escola Superior de Magistratura.

Os policiais civis tem uma pauta de reivindicações que trata de 23 itens. A greve segue por tempo indeterminado.

Sem acordo
Uma outra reunião, realizada na quinta (28), terminou sem acordo.

A negociação contou com a presença de representantes do Sindicado dos Policiais de Alagoas (Sindpol), o Secretário de Estado da Segurança, Coronel Lima Júnior, e o Procurador Augusto Galvão, que estavam representando o governo.

Os policiais civis não aceitaram uma proposta de negociação de piso salarial a partir de R$ 3.600, no mês de agosto, de aumentar o orçamento de R$ 200 mil para R$ 300 mil, que seriam utilizados para o pagamento retroativo e implantação de todas as progressões até dezembro.

Mesmo sem a reunião chegar a um acordo, o presidente do TJ, Washington Luiz Damasceno, afirmou que o encontro foi bastante produtivo.

“Já temos um balizamento das reivindicações e contra propostas. Só não houve o fechamento de um acordo porque o secretário da Seplag, Christian Teixeira, está fora do estado, mas participará da nova reunião. Tenho a impressão de que com a presença dele é bem possível que cheguemos a uma conclusão positiva em torno dessa paralisação dos policiais civis”, diz o desembargador

No novo encontro o governo do Estado pretende homologar um documento onde se compromete a retomar a negociação sobre o piso salarial da categoria no mês agosto; proposta esta que já foi rejeitada pelos policiais.

Na reunião de quinta também foi comunicado que os policiais que estão ocupando o Porto de Maceió deveriam liberar a área.

“Colocamos com muita ênfase que a paralisação não tem nada a ver com a ocupação do Porto. A desocupação deve ser imediatamente obedecida porque existe uma ordem judicial. E ordem judicial não se discute, pode-se até recorrer, mas tem que se dar cumprimento e os transtornos que têm sido causados à sociedade são muito grandes”, diz.

Proposta do Governo
O governo de Alagoas ofereceu aos policiais civis, durante reunião ocorrida na manhã de quinta, uma proposta para que a greve fosse suspensa. No entanto, a categoria rejeitou a oferta e decidiu manter a greve.

A oferta do governo incluía o pagamento de todas as progressões, cerca de 900 processos e de 300 mil reais/mês, relativos ao retroativo, até o mês de dezembro e dar andamento à negociação do piso salarial, a partir do mês de agosto, tendo como base o valor de R$ 3.600.
A proposta foi recusada em unanimidade por mais de 300 policiais, que se reuniram em assembleia geral e deliberaram manter a greve com realização de mobilização em frente ao Porto.

G1  AL

 

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