Campo minado: Terremotos no Brasil
Quando assistimos a um noticiário ou quando ouvimos falar por aí que em algum país houve um terremoto muito forte, que deixou muitos mortos, feridos e desabrigados, automaticamente nos perguntamos: será que podem também ocorrer terremotos no Brasil?
A resposta é sim. Mas não se desespere, pois a nossa posição geográfica não favorece a ocorrência de muitos deles. A grande maioria dos que se manifestam sequer é percebida pela população, mas apenas por aparelhos específicos chamados sismógrafos.
A maior parte dos terremotos do mundo acontece em regiões de encontro entre duas placas tectônicas, onde a tensão geológica é mais intensa em função dos movimentos que essas placas realizam. O Brasil, por sorte, encontra-se em uma área no interior de uma placa tectônica, o que também ajuda a explicar a inexistência de grandes cadeias montanhosas e vulcões no nosso país.
No caso de localidades como a do território brasileiro, os terremotos somente ocorrem em virtude da ação das falhas geológicas, que são pontos de ruptura entre grandes blocos de rochas que compõem o nosso relevo. Mesmo assim, esses terremotos não costumam ser muito fortes.
Anualmente são registrados aproximadamente 300 mil terremotos com escalas que variam em uma média entre 2 e 2,9 graus na escala Richter. Desse número alguns acontecem em território brasileiro.
Até pouco tempo atrás se acreditava que o território brasileiro era imune a ocorrência de terremotos, hoje já se sabe que essa informação é um tanto quanto precipitada, uma vez que estudos e pesquisas nesse tema ainda são modestos no Brasil.
Recentemente, o Brasil presenciou dois abalos sísmicos, o primeiro ocorreu em 2007 em um vilarejo localizado ao norte do Estado de Minas Gerais, esse evento gerou a primeira vitima fatal decorrente de terremotos na história do Brasil.
O segundo evento corresponde a três ocorrências em 2008 no norte do Ceará, registrando 3,9 graus na escala Richter. Os moradores dos municípios atingidos ficaram apavorados e passaram a noite acordados na rua.
Segundo o chefe do Laboratório de Sismologia da Defesa Civil, os terremotos vão continuar e alertou que a população deve conviver com o fenômeno.
Por outro lado, já foram registrados alguns casos que geraram certa preocupação. No ano de 1955, no município de Porto dos Gaúchos, no estado do Mato Grosso, houve um terremoto de 6,2 graus na escala Richter (que nunca registrou sismos maiores que 10). Na época, a localidade onde ocorreu o fenômeno era pouco habitada, então as consequências foram pouco notadas e sem grandes prejuízos.
Também em 2007, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, também houve um forte terremoto, com 6,1 graus. No entanto, seu hipocentro (ponto de início do terremoto no subsolo) era muito profundo, a cerca de 600 metros abaixo da superfície, por isso foi pouco sentido e quase não houve danos.
Aliás, o ano de 2007 marcou a única vez que uma pessoa morreu em função de terremotos no Brasil, conforme dados oficiais. Aconteceu na cidade de Itacarambi, em Minas Gerais, quando um tremor de 4,9 graus derrubou uma casa que tinha uma estrutura muito frágil e soterrou um morador que ali estava.
Apesar disso, não há motivos para muitas preocupações. Mesmo acontecendo mais de 90 terremotos por ano no Brasil, eles são muito fracos, sendo a maioria nem sentida diretamente por nós.
Fonte: Pesquisa Internet