Capitão da PM morto em operação policial é sepultado com honra militar

enterro1Foi sepultado com honra militar, na tarde deste domingo (10), no cemitério Parque das Flores, em Maceió, o capitão da PM Rodrigo Rodrigues, que morreu ao ser atingido por um tiro durante uma ação policial realizada na noite do sábado (09).

Na solenidade de despedida, que foi acompanhada por familiares e dezenas de amigos do oficial, o comandante da Radiopatrulha (RP), o coronel Jairison Correia de Melo – corporação a qual o militar estava vinculado – informou que o Batalhão da RP vai receber, em forma de homenagem, o nome do capitão Rodrigues.

“O Capitão era uma referência entre os companheiros. Ele tinha um dom: ser radiopatrulheiro. Um orgulho, exemplo para os companheiros de farda. Ele era um homem valente, corajoso. Que Deus receba esse guerreiro no céu”, disse o coronel Jairison Melo.

O secretário de Segurança Pública de Alagoas, coronel Lima Júnior, também esteve presente e ressaltou o tamanho da perda, para a família e para a corporação. “Ele dedicou toda a vida em defesa da sociedade. Essa dor que todos estão sentindo também é sentida por todo o estado. Foi uma perda para todos”.

velorio_1Velório
Dezenas de pessoas participaram no começo da tarde deste domingo (10) do velório do capitão da PM Rodrigo Rodrigues, que aconteceu no no Museu Floriano Peixoto, que fica no Palácio do Governo, no Centro de Maceió.

O corpo do militar foi recebido com honras militares no Palácio, onde estavam dezenas de amigos de farda e familiares.

Ao falar do oficial, o coronel Marcos Sampaio Lima, comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas lamentou a perda do capitão Rodrigues para corporação.

“O capitão Rodrigues nos deixa como herói. Ele foi um herói da Polícia Militar porque sempre cumpriu seu papel com excelência. Rodrigues era muito experiente, tinha diversos cursos de segurança e se foi por uma grande fatalidade”, falou.

Na ocasião, Sampaio disse ainda que a operação que resultou na morte do capitão tratava-se de um trabalho padrão que buscava um suspeito de roubo. “O capitão Rodrigues tomou pra si a incumbência de ir até lá com a guarnição, mas acabou sendo surpreendido”, completou o coronel.

Segundo informações da assessoria de comunicação da Segurança Pública, o capitão, que conduzia uma guarnição da Radiopatrulha, foi baleado no pescoço quando tentava abordar um suspeito que estava em uma casa no bairro da Santa Amélia.

Ferido, o militar ainda foi socorrido pela guarnição para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu ao ferimento.

Luto oficial
O governador Renan Filho (PMDB) decretou, na manhã deste domingo (10), luto oficial de três dias pela morte do capitão PM Rodrigo Rodrigues. O comunicado foi feito através das redes sociais, onde foi destacado o trabalho do oficial na segurança pública de Alagoas.

“Quero declarar meus profundos e sinceros sentimentos aos familiares e amigos do Capitão da Polícia Militar, Rodrigo Rodrigues, que faleceu ontem à noite durante uma operação. Rodrigo era um policial exemplar, dedicado em sua função, estava servindo na Radiopatrulha e tinha sido promovido ao posto de Capitão por nossa gestão no último certame (foto). Em nome do povo alagoano, agradeço a ele pela contribuição ao Estado e pelo grande desempenho em proteger e levar paz a sociedade”, expôs Renan Filho.

Prisão do suspeito
O suspeito de atirar e matar o capitão da PM Rodrigo Rodrigues foi preso por militares da Radiopatrulha na manhã deste domingo (10), no Jardim Petrópolis 2, na capital.

Identificado como Agnaldo Vasconcelos, ele foi preso na casa da namorada e encaminhado para a sede da Divisão Especial de Investigação (Deic), onde foi ouvido pelo delegado Ronilson Medeiros.

Autuado em flagrante por homicídio e porte ilegal de munição de uso restrito, Vasconcelos disse em depoimento que atirou contra o capitão porque não o identificou como militar.

“Ele [Agnaldo Vasconcelos] disse em depoimento que tinha a arma em casa porque onde mora os assaltos a residências são constantes. E expôs que em muitos casos os bandidos se identificam como militares para forçar que o portão seja aberto”, disse o delegado Ronilson Medeiros.

Após prestar depoimento Agnaldo Vasconcelos foi encaminhado para Casa de Custódia, e deve seguir depois para o o sistema prisional.

G1 AL

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *